A polícia ouviu Wesley Nascimento, o homem suspeito de ter matado com uma facada Ana Assunção Pereira em uma haburgueria na zona Norte de Teresina no dia 02 de agosto. Ele se entregou na tarde do último sábado (16), duas semanas após o ocorrido e, segundo a polícia, confessou a autoria do golpe que tirou a vida de Karine. De acordo com a delegada Nathalia Figueiredo, coordenadora do Núcleo de Feminicídios, Wesley disse que atacou a vítima porque se sentiu intimidado por ela e pela irmã.
A discussão que culminou na morte de Karine teria iniciado por causa de uma dívida de cerca de R$ 40. A polícia recolheu imagens de câmeras de segurança, ouviu testemunhas – dentre elas, a irmã de Karine – e vinha monitorando Wesley, que permaneceu escondido desde o ocorrido. No depoimento, a polícia questionou por que ele demorou a se apresentar, se a argumentação principal para o crime seria uma fatalidade.
“Sele reconheceu a perfuração, mas disse que a irmã da vítima o teria intimidado, afirmando que estava acionando faccionados para o local. Foi questionado o motivo de tal demora dele em se apresentar. Não tinha o que ele temer da polícia se esta era a argumentação, se ele trata como fatalidade. Alguns ficaram com lacunas consideráveis”, explicou Nathalia Figueiredo.
A delegada descartou feminicídio no caso. É que o crime de feminicídio pressupõe ao menos um dos seguintes critérios: relação íntima de afeto com a vítima ou ato praticado por menosprezo pelo fato da vítima ser mulher. Até o momento, a polícia não vislumbra nenhum dos dois casos no crime. O assassinato de Ana Karine está sendo tratado, no momento, como homicídio.
A polícia tem, agora, dez dias para concluir o inquérito e decidir se indicia ou não Wesley Nascimento pelo crime.
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