O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), negou que esteja articulando a formação de uma base governista na Câmara Municipal. A possibilidade vinha sendo apontada como estratégia para garantir a aprovação de matérias consideradas prioritárias para o Executivo, como o reajuste do IPTU e a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, que devem ser analisados pela Casa nos próximos meses.

Assis Fernandes / O Dia

Silvio Mendes nega articulação para formação de base na Câmara de Teresina

Nas eleições de 2024, Silvio Mendes contou com o apoio de apenas três partidos, União Brasil, Progressistas e Republicanos, que juntos elegeram cinco vereadores. Desde então, alguns parlamentares de outras siglas passaram a adotar um discurso menos crítico e mais receptivo ao Palácio da Cidade. Ainda assim, diante de recentes atritos entre Executivo e Legislativo, cresceu a expectativa de que o prefeito buscasse consolidar uma base formal para viabilizar votações mais polêmicas.

Silvio Mendes, no entanto, negou qualquer articulação nesse sentido.

“Eu, pessoalmente, não tenho nenhum conflito com a Câmara. Cada um cumpre com o seu dever e com a sua missão. Eles representam segmentos da cidade. Então, para mim está na mais perfeita ordem”, afirmou em entrevista ao PortalODia.com.

O prefeito também rejeitou a interpretação de que buscar apoio parlamentar signifique oferecer vantagens a vereadores.

“A formação [de base] sugere que eu estou dando alguma vantagem para a pessoa vir à Prefeitura. Não existe isso, a gente nunca fez isso. É preciso respeitar o vereador, os seus princípios, a sua representação política. A maioria não fez campanha para mim, mas não tem uma boa relação civilizada? Eu não preciso reclamar. Que todos em benefício da cidade. Não é para mim”, concluiu.