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DENÚNCIA: advogado diz que Lokinho não paga há cinco meses pensão para vítimas de acidente

Dívida, segundo ele, já chega a R$ 12 mil. Advogados vão pedir acesso a bens bloqueados do influenciador.

25/08/2025 às 14h04

25/08/2025 às 14h04

O acidente que resultou na morte de duas pessoas e deixou outras duas gravemente feridas às margens da BR-316, em Teresina, completará um ano em outubro próximo. A caminhonete do influenciador Pedro Lopes Lima Neto, o Lokinho, colidiu violentamente contra quatro pessoas que transitavam pelo acostamento da rodovia. Seu ex-marido, Stanlley Gabryell, dirigia o veículo.

Dez meses depois do acidente, o advogado que representa a família das vítimas fez uma denúncia à reportagem de O Dia: Lokinho e seu ex-marido estão há pelo menos cinco meses sem depositar a pensão que a justiça determinou que fosse paga aos sobreviventes do acidente. De acordo com Josélio Oliveira, a justiça fixou o pagamento mensal de dois terços do salário mínimo para cada filho das vítimas fatais do acidente, mas este valor nunca mais foi depositado pelos réus no processo.

Pedro Lopes Lima Neto (Lokinho) - (Reprodução/Instagram) Reprodução/Instagram
Pedro Lopes Lima Neto (Lokinho)

A decisão foi proferida em março deste ano. Segundo o advogado, Lokinho chegou a depositar um mês da pensão, mas desde então, não repassou mais nenhum valor às vítimas. “O Stanlley não paga, porque disse que não tem condição. Mas o Lokinho chegou a pagar, se não me engano, uns R$ 1 mil ou R$ 2 mil, mas há inadimplência desde o começo do ano, algo que soma em torno de R$ 12 mil”, explicou Josélio.

Apesar de serem obrigados a pagar pensão aos filhos das vítimas do acidente, Lokinho e Stanlley não tiveram seus bens bloqueados pela justiça. À época, o juiz da 8ª Vara Cível de Teresina justificou que não havia risco de inadimplência. Hoje (25), o advogado das vítimas disse que vai pedir à justiça que reveja esta decisão e que notifique os processos em que há bens bloqueados dos réus para que eles sejam usados em favor do ressarcimento às vítimas.

“Existe um processo em que tem uma BMW, os valores do Jogo do Tigrinho, que também estão bloqueados. E algo que chama a atenção: o Lokinho posta nas redes sociais que está trabalhando e não pode pagar R$ 1 mil por mês? Sendo que está pagando advogado e arcando com tudo no processo? As vítimas não têm auxílio nenhum. Não tem condição de pegar um ônibus para ir para a reabilitação no CEIR”, dispara José Oliveira.

Os bens bloqueados de Lokinho a que o advogado se referem estão no bojo da Operação Jogo Sujo, da qual Lokinho e mais um grupo de influenciadores teresinenses foram alvo no ano passado. Na ação, a polícia investiga crimes de estelionato cometidos por meio da divulgação de jogos em plataformas ilegais de apostas.

À reportagem de O Dia, Josélio afirmou que vai entrar com uma ação para tentar um acordo com o influenciador e garantir às vítimas ao menos a quantia de R$ 200 mil, que deverá ficar guardada até as crianças completarem 21 anos. Até lá, eles teriam acesso aos rendimentos mensais que este montante traria, no valor de cerca de um salário mínimo.

A reportagem de O Dia está tentando contato com a defesa de Lokinho e Stanlley Gabryell. O espaço segue aberto para futuros esclarecimentos.


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Com informações da Joelma Abreu