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O período mais quente do ano nem começou ainda, mas boa parte do território piauiense já está sofrendo as consequências da combinação de altas temperaturas, baixa umidade e alta incidência solar. No momento, o Estado tem 62 focos de incêndio ativos sendo monitorados pela Defesa Civil e ameaçando chegar a áreas urbanas de municípios populosos. A informação foi compartilhada ao Portalodia.com pelo Centro de Monitoramento e de Riscos e Desastres.
Estes 62 focos encontram-se ativos desde segunda-feira (13) e estão demandando um pouco mais de esforço das forças de combate (Corpo de Bombeiros e brigadas) para controlarem as chamas. De acordo com o coordenador do Centro de Monitoramento, Michel Francisco, em pelo menos cinco municípios a situação é mais crítica.
“A gente está com focos ativos em Uruçuí, Bertolínia, Jerumenha, Floriano e Baixa Grande do Ribeiro. Estes focos estão chegando a áreas urbanas próximas a rodovias estaduais e federais, o que gera um problema muito grande para a população por conta da fumaça e dos transeuntes nestas vias de tráfego. E principalmente para a produção agrícola da região, que é impactada diretamente pelo aumento da temperatura e dispersão de possíveis canais de umidade, ou seja, chuva. Uma chuva que já é deficiente neste período”, afirma Michel.
A Defesa Civil não possui uma porcentagem do aumento dos focos de incêndio neste período, mas revela que há um indicativo que aponta que as primeiras horas do dia são as mais críticas para a ocorrência de queimadas. Isso, porque é pela manhã bem cedo que se desenvolvem atividades agropastoris que envolvem limpeza de terrenos para uso pelas colheitas. Essa limpeza muitas vezes é feita com a queima do terreno, que pode sair de controle facilmente e se tornar um incêndio de grandes proporções.
Do início de junho até o dia 15 de julho, em um mês e meio, o Piauí já registrou 690 focos de incêndio em região de vegetação. A média é de pelo menos 15 focos por dia. Estes focos estão concentrados principalmente na região Sul do Estado, justamente nas regiões consideradas grandes fronteiras agrícolas.
Por conta das condições climáticas propícias para a ocorrência de fogo no período, a Defesa Civil faz um alerta não só para quem vive nestas áreas, mas para todo o Estado: colaborar para evitar queimadas. “Já estamos enfrentando uma situação crítica por conta da falta de chuva. E sentimos essa dificuldade de planejar e organizar, porque não sabemos como ficará a incidência solar e o aumento da temperatura nos próximos meses. Prevemos sim um aumento, mas também esperamos que a população faça o seu papel de controlar estes focos”, finaliza Michel Francisco.
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