O senador piauiense Marcelo Castro, presidente regional do MDB, reforçou a necessidade de priorizar os interesses estaduais nas negociações políticas para a formação de uma coligação cruzada com o PSD. Em entrevista O Dia, ele destacou que buscará diálogo com o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (SP), na tentativa de dar sustentação para o arranjo que tem como objetivo ampliar a representatividade das siglas na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e na Câmara dos Deputados.

No entanto, o senador reconhece que esse modelo de aliança pode impactar negativamente o partido em âmbito nacional, reduzindo o número de cadeiras na Câmara dos Deputados, fator esse que influencia diretamente no acesso ao Fundo Partidário e no tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV.
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“Todo partido quer ter o maior número de deputados federais possíveis. Por quê isso? Porque os deputados federais é que representam, que contam para o fundo eleitoral e para o tempo de televisão. São duas coisas que fortalecem os partidos. Então, quando você faz uma aliança cruzada, o partido que não dá ao deputado federal sai perdendo nessa relação”, disse.
Ao comentar a possibilidade de repetir a estratégia adotada em 2022, quando MDB e PSD formalizaram uma coligação cruzada, o senador destacou que as decisões devem levar em conta a realidade política de cada estado.
“São realidades distintas. O que eu sempre digo: a política é feita a nível estadual, a nível municipal, a nível federal. A realidade municipal se sobrepõe à realidade estadual. E a realidade estatal se sobrepõe à realidade nacional. A gente tem que aceitar as realidades locais. Então a realidade estadual, é claro que eu gostaria que todos os candidatos fossem pelo MDB, vamos lutar por isso daí, mas se não for nós temos que aceitar a realidade”, relatou.
Marcelo Castro também afirmou que a coligação cruzada entre MDB e PSD já conta com respaldo dentro da cúpula do governador Rafael Fonteles (PT). Ele argumenta que reduzir o número de chapas favorece a distribuição de cadeiras.
“Nós concordamos todos que a maneira mais eficiente, do ponto de vista matemático do grupo do governo, é ter o menor número de chapas possíveis […]. Qual seria o ideal? Uma chapa só, mas não cabe todo mundo. Então duas chapas seria o ideal. Nós vamos conseguir isso daí? Não sei. Acho que nós devemos perseguir esse objetivo porque ele é o melhor para o conjunto. Eu não estou falando de individualidade. Mas para o conjunto das forças que compõem o governo é o mais eficiente, é o melhor”, finalizou.
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