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Dia Nacional da Doação de Órgãos: famílias são incentivadas a dizer “sim” e salvar vidas

Piauí acumula 183 transplantes realizados no 1º semestre de 2025; campanhas nacionais e estaduais buscam conscientizar famílias para reduzir recusa à doação.

27/09/2025 às 14h06

27/09/2025 às 14h06

O Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado neste sábado (27), mobiliza ações em todo o país e no Piauí para conscientizar a população sobre a importância de dizer “sim” à doação. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 45% das famílias ainda recusam a autorização, o que representa um dos maiores desafios para ampliar os transplantes no Brasil.

Atualmente, o Piauí celebra importantes avanços na área, mas reforça a urgência de envolvimento familiar para garantir que vidas sejam efetivamente salvas. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), entre janeiro e junho de 2025, o estado registrou 183 transplantes de órgãos e tecidos, representando recorde para o primeiro semestre. Desse total, 29 foram de rins (três com doador vivo e 26 com doador falecido) e 154 de córneas. Apesar dos avanços, 919 pacientes aguardam atualmente na fila por um transplante, sendo 508 por rim e 411 por córnea.

Dia Nacional da Doação de Órgãos: famílias são incentivadas a dizer “sim” e salvar vidas - (Reprodução/Freepik) Reprodução/Freepik
Dia Nacional da Doação de Órgãos: famílias são incentivadas a dizer “sim” e salvar vidas

No estado, a Central Estadual de Transplantes realiza atividades dentro da campanha Setembro Verde, que busca sensibilizar a sociedade sobre a decisão de doar. A iniciativa envolve palestras, caminhadas e homenagens a doadores e familiares, reforçando que a manifestação positiva da família é indispensável. Sem essa autorização, a doação não acontece, mesmo que o desejo da pessoa em vida seja conhecido.

Segundo dados do governo federal, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo, e milhares de vidas já foram salvas graças às doações. Ainda assim, a fila de espera continua extensa, e muitos pacientes dependem da conscientização da sociedade para terem uma nova chance. Em 2024, mais de 65 mil brasileiros aguardavam por um órgão, sendo o rim e o fígado os mais demandados.

Neste ano, o Ministério da Saúde lançou uma ação inédita para enfrentar a alta recusa familiar. A proposta é intensificar capacitações e campanhas educativas junto às equipes de saúde, além de criar materiais informativos voltados ao diálogo transparente com as famílias no momento da decisão.

Especialistas e autoridades estaduais destacam que a formalização da vontade individual não é suficiente. Por lei, a última palavra é da família. É neste cenário que se concentra o desafio, no Piauí e no Brasil, de garantir que o desejo de doar seja conhecido e respeitado pelos familiares.

Conversar com parentes, falar abertamente sobre doação e registrar a vontade oficialmente são passos apontados como essenciais para transformar os avanços estatísticos em vidas alcançadas.


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Com edição de Isabela Lopes.