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COP30: Piauí quer reduzir 100% da emissão de gases de efeito estufa até 2050

Plano de Ação Climática prevê redução total das emissões, restauração de áreas degradadas e expansão das energias renováveis no estado.

10/11/2025 às 18h43

Na 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), que iniciou nesta segunda-feira (10) em Belém, a primeira realizada na Amazônia, o Piauí apresentou o Plano de Ação Climática do Estado, que pretende reduzir em 100% as emissões de gases de efeito estufa até 2050.

Governador Rafael Fonteles apresenta Plano de Ação Climática do Piauí.  - (Juliana Oliveira / Secom) Juliana Oliveira / Secom
Governador Rafael Fonteles apresenta Plano de Ação Climática do Piauí.

O governador Rafael Fonteles apresentou o plano no evento, que reúne 50 mil pessoas, entre chefes de Estado, diplomatas, ativistas, cientistas e empresários. O documento estabelece as diretrizes para que o estado se torne mais sustentável e referência em transição energética e resiliência climática.

No plano, estão estipuladas metas, ações e mecanismos de governança voltados à mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e à adaptação aos impactos do aquecimento global, com foco na justiça socioambiental e no desenvolvimento sustentável.

Além da meta de redução total das emissões, o plano prevê ampliação da coleta e tratamento de esgoto para toda a população piauiense, restauração de 80% das áreas degradadas e eliminação do desmatamento ilegal no Cerrado. Recentemente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) destacou que o Piauí está entre os quatro estados que concentram 70% do desmatamento do bioma.

70% do desmatamento do cerrado está localizado no MATOPIBA.  - (Divulgação/Semarh) Divulgação/Semarh
70% do desmatamento do cerrado está localizado no MATOPIBA.

O documento também propõe a expansão do uso de energias renováveis, com destaque para a solar e eólica, áreas em que o estado já possui protagonismo, além do fortalecimento da bioeconomia e da agricultura de baixo carbono.

“O Piauí tem feito o dever de casa. Nós criamos o nosso Plano de Ação Climática. Já o Consórcio Nordeste, com o apoio do ICLEI Brasil, também estruturou o seu Plano de Transformação Ecológica do Nordeste, alinhado à agenda de transformação ecológica do Brasil. Esses documentos mostram que os entes subnacionais têm capacidade de detalhar ações climáticas efetivas e contribuir de forma decisiva no enfrentamento às mudanças climáticas”, afirmou Rafael Fonteles.


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