O cantor jamaicano Jimmy Cliff, referência mundial do reggae, morreu aos 81 anos, nesta segunda-feira (24). A informação foi divulgada pela esposa do artista, Latifa, em uma publicação nas redes sociais. Segundo ela, Jimmy Cliff sofreu uma convulsão seguida de pneumonia.
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A confirmação da morte de Jimmy Cliff foi feita pela esposa, Latifa Hill, que publicou um comunicado na conta oficial do artista no Instagram. "A todos os seus fãs ao redor do mundo, saibam que o apoio de vocês foi a força dele ao longo de toda a sua carreira. Ele realmente apreciava o amor de cada um dos fãs”, disse a publicação.
O cantor estava sob cuidados médicos quando sofreu a convulsão que precedeu a pneumonia, apontada como causa da morte. No texto publicado, Latifa afirmou que o apoio do público sempre foi fundamental na trajetória do artista.
“Gostaria também de agradecer ao Dr. Couceyro e a toda a equipe médica, que foram extremamente prestativos e solidários durante este difícil processo. Jimmy, meu querido, que você descanse em paz. Cumprirei seus desejos. Espero que todos possam respeitar nossa privacidade durante estes tempos difíceis. Mais informações serão fornecidas em uma data posterior", escreveu a esposa.
O músico deixa três filhos Lilty, Aken e a brasileira Nabiyah Be, fruto do relacionamento com Sônia Gomes.
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Pioneiro do Reggae
Nascido James Chambers em 1948 na Jamaica, despontou como uma figura central na música de seu país. Ainda na adolescência, com apenas 14 anos, já gravava musicas de sucesso em Kingston, adotando o nome artístico que o consagraria. Sua ambição musical o levou a assinar com Leslie Kong, uma parceria produtiva que durou até a morte do produtor, e gerou êxitos locais como "Hurricane Hattie" e "King of Kings".
O alcance internacional veio após sua mudança para a Inglaterra em 1964, e com a aposta da Island Records. Embora o álbum Hard Road to Travel de 1967 tenha marcado sua transição para o mercado global, o reconhecimento substancial se deu com hits como "Wonderful World, Beautiful People" (1969) e, notavelmente, a canção de protesto "Vietnam" (1970).
A música de Cliff começou a transcender as fronteiras do Caribe, sendo um dos primeiros artistas jamaicanos a expor o novo ritmo ao público fora da ilha. Sua vitória no Festival Internacional da Canção no Brasil em 1969 solidificou sua influência precoce em solo brasileiro.
O ponto de virada definitivo na carreira de Cliff foi o filme The Harder They Come (1972), onde ele atuou como protagonista e contribuiu significativamente para a trilha sonora. O longa-metragem não apenas o transformou em uma estrela de cinema e um dos primeiros pop-stars do chamado Terceiro Mundo, mas também impulsionou o reggae para o cenário mundial de forma inigualável. Sua participação no cinema, que incluiu títulos como Clube Paraíso (1986) e Marcado para a Morte (1991), complementou sua produção musical.
Ao longo das décadas seguintes, Jimmy Cliff manteve-se ativo na música, lançando álbuns e colecionando prêmios, incluindo dois Grammys, confirmando sua estatura como um ícone da música de protesto e da cultura Rastafári. Canções como "Reggae Night", do disco The Power and the Glory (1984), garantiram novos sucessos. Ele continuou a abordar temas de justiça social e refúgio, como no álbum Refugees (2022).
Músicas mais conhecidas de Jimmy Cliff:
- I Can See Clearly Now
- The Harder They Come
- Many Rivers to Cross
- Reggae Night
- You Can Get It If You Really Want
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