O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), rebateu nesta sexta-feira (20) a representação protocolada por diretorias do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) contra a Prefeitura Municipal, sob a alegação de ausência na entrega da prestação de contas referente ao primeiro trimestre de 2025. O gestor classificou a denúncia feita em um portal de notícias local como “sensacionalismo” e assegurou que a administração municipal está em dia com suas obrigações fiscais.
De acordo com o TCE-PI, a Diretoria de Fiscalização de Contas (DFCONTAS) e a Diretoria de Fiscalização de Pessoal (DFPESSOAL) detectaram a não entrega de documentos e informações obrigatórias por parte da prefeitura entre janeiro e março deste ano. O período é particularmente relevante por envolver a movimentação de R$ 1,36 bilhão em recursos públicos.
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Ao comentar sobre o assunto, Silvio Mendes refutou veementemente a acusação.
“Não é verdade. Isso é sensacionalismo. É preciso saber a verdade para poder dar uma notícia dessa”, afirmou.
Segundo ele, o problema decorre de falhas técnicas no sistema de tecnologia utilizado pela gestão para organizar e enviar os dados ao Tribunal.
“Na nossa gestão, nós identificamos que o sistema de tecnologia que nós trouxemos lá de Curitiba, no meu tempo, é um sistema que não evoluiu tecnicamente. Então, ele tem falhas e eles não foram capazes de evitar, de eliminar as inconsistências, como o pessoal das finanças fala”, explicou.
O prefeito afirmou que os dados do primeiro trimestre já foram prestados, enquanto as informações de abril estariam sendo finalizadas dentro do prazo estipulado.
“Então, as prestações de contas de janeiro, fevereiro e março foram feitas, abril está sendo finalizado provavelmente hoje, a gente tem um prazo até hoje, mas a gente está em tese dentro do prazo. Não tem nada de bloqueio contra a prefeitura. Já chega de confusão”, argumentou.
Na ocasião, ele também enfatizou que não há qualquer indício de corrupção ou má-fé por parte da gestão municipal. Para ele, o que existe são apenas erros formais que estão sendo corrigidos.
“Então, todo mundo está trabalhando hoje exatamente para corrigir inconsistências bobas, pequenas. É como uma caixa de uma loja. Faltou aqui 500 reais, faltou mil reais. Não tem roubo, não tem corrupção, não tem quadrilha, não tem propina, não tem nada disso. É a inconsistência que a gente tem que corrigir. Não pode ter dúvida”, finalizou.
A representação do TCE-PI ainda será analisada pelos conselheiros da Corte, que deverão avaliar se há fundamentos suficientes para instaurar medidas cautelares contra o município. A Prefeitura de Teresina, por sua vez, reiterou que continua prestando contas regularmente e reforçou o compromisso com a transparência e a legalidade no uso dos recursos públicos.
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