O presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Enzo Samuel (PDT), criticou o atual funcionamento do sistema de transporte público da capital, classificando-o como ineficiente e incompatível com as necessidades de uma cidade do porte de Teresina. Segundo ele, o modelo atual não atende à população e precisa de mudanças estratégicas e estruturais urgentes.

Assis Fernandes / O DIA

Sem dados e sem plano, transporte público de Teresina segue ineficiente, diz Enzo Samuel

Ao O Dia, Enzo Samuel relatou alguns debates sobre o setor já tiveram encaminhamentos sobre o assunto na Câmara de Teresina. Contudo, ele argumentou se são necessárias outras medidas emergenciais para qualificar o transporte público na cidade e posterior retorno de seus usuários.

“É uma realidade que o doutor Silvio também já tem conhecimento, ele vem debatendo com alguns profissionais da área, inclusive de fora, o próprio engenheiro Santana, que orientou há muito tempo o prefeito Firmino Filho. O que a gente percebe é que o transporte realmente de Teresina, de uma capital, é ineficiente, ele não funciona”, relatou.

O vereador defende que o primeiro passo para reverter o atual cenário é a adoção de uma abordagem técnica e planejada.

“Acho que o primeiro passo para a gente poder superar esse problema é você agir de forma estratégica. E para agir de forma estratégica você tem que ter um plano”, pontuou.

Para Enzo Samuel, o principal entrave para a reestruturação do transporte coletivo é a ausência de dados atualizados e de um planejamento eficaz. Segundo ele, tanto o plano diretor de transporte quanto os estudos de origem e destino da cidade estão desatualizados, o que prejudica a tomada de decisões e o desenho de soluções práticas.

“A gente tem um plano diretor de transporte desatualizado, a gente tem um estudo de origem e destino desatualizado, nós não sabemos a realidade das comunidades hoje, a realidade do nosso sistema de transporte, realmente quantos ônibus operam, quantas linhas operam em determinado bairro, quais são os horários, e isso possibilita que o sistema seja ineficiente. Digo-se de passagem que a realidade do transporte é outra, depois da pandemia perdemos o usuário, mas ninguém vai recuperar o usuário se você não tiver a qualidade do sistema no geral”, concluiu.