No primeiro ano da nova legislatura da Câmara Municipal de Teresina (CMT), três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) foram instauradas — a do Lixo, a do Déficit Fiscal e a da Águas de Teresina. Em entrevista nesta quinta-feira (18) ao Sistema O Dia, o vereador Pedro Alcântara (PP) avaliou as comissões como “um fracasso total”, afirmando que nenhuma delas trouxe resultados positivos para a população.

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Pedro Alcântara considera que as três CPIs na Câmara foram um fracasso.

Segundo o parlamentar, a CPI da Águas de Teresina, criada para investigar falhas nos serviços de abastecimento e nas cobranças de esgoto, foi uma das piores entre as três, já que segundo ele não teve relatório final concluído. “surgiu natimorto”, afirmou o vereador. Apesar da declaração, o presidente da Comissão chegou a enviar um relatório final ao Ministério Público e Tribunal de Contas.

A mais polêmica, conhecida como “CPI do Rombo”, apurava o déficit fiscal da gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa. No relatório final, a comissão apontou um rombo de R$ 150 milhões, bem abaixo dos R$ 3 bilhões estimados pela Prefeitura e também dos valores questionados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), que reprovou as contas de 2021 e 2022 da antiga administração.

“Há um inquérito policial chamado ‘gabinete de ouro’. Uma pessoa foi presa, a polícia recolheu um farto material, dinheiro, o TCE reprovou os anos de 2021 e 2022 do Dr. Pessoa e o prefeito atual fez a sua investigação e constatou esse rombo. Só a CPI não viu isso. Eu considero que esta também não terminou nem em pizza, terminou em nada”, disse Pedro Alcântara.

Por fim, o vereador também criticou a CPI do Lixo, que investigava contratos de coleta de resíduos sólidos, após o presidente Fernando Lima (PDT) renunciar ao cargo e votar contra o próprio relatório final da Comissão. Para Alcântara, o episódio simboliza mais um fracasso político no Legislativo municipal.

Apesar das críticas, o parlamentar avaliou que a Câmara teve um ano produtivo, com debates e projetos de interesse coletivo. “Tirando isso, eu considero que foi um ano produtivo, voltando depois de 30 anos, encontrando uma Câmara diferente, com jovens vereadores querendo trabalhar, muitos requerimentos, projetos de lei e pautas importantes como lixo, saúde e educação”, concluiu.