O Progressistas foi um dos partidos que mais comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve o número atual de cadeiras na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa do Piauí para as eleições de 2026. A medida, relatada pelo ministro Luiz Fux, adiou para 2030 a aplicação da nova distribuição de vagas entre os estados com base no critério populacional — decisão que evita que o Piauí perca seis vagas estaduais e duas federais.

Assis Fernandes / O DIA

Joel Rodrigues disse que o partido teve um maior entusiasmo com a decisão.

O presidente estadual do Progressistas, Joel Rodrigues, afirmou que a notícia foi recebida com entusiasmo pelo partido e trouxe novo fôlego à oposição. “Nós que estamos na oposição talvez quem mais vibra neste momento e eu que estou presidente de um partido de oposição e você não tem nem ideia da motivação, do gás, da energia que foi repassado a todos os nossos pré-candidatos”, destacou.

Segundo Joel, o Progressistas já vinha trabalhando na formação de uma base sólida de lideranças, reunindo vereadores, prefeitos, ex-prefeitos e líderes religiosos em torno de um projeto oposicionista. No entanto, o debate sobre a possível redução das vagas havia gerado apreensão e desânimo entre os pré-candidatos.

“Quando veio essa possibilidade de reduzir vagas houve uma desmotivação e havia uma grande preocupação da nossa parte com desistência desses nomes e aí enfraquecia ainda mais a oposição na Assembleia Legislativa ou Câmara Federal”, afirmou o dirigente.

O presidente do PP ressaltou que a decisão do Supremo foi fundamental para fortalecer o campo oposicionista no estado. “Dentro da construção que está sendo feita, foi muito importante para nós de oposição, principalmente essa decisão do Supremo”, disse.

Questionado sobre a situação interna do partido, que perdeu grande parte dos deputados eleitos em 2022, entre eles Marden Menezes e Bárbara do Firmino, que migraram para a base governista, Joel Rodrigues destacou que, apesar das saídas, o Progressistas se recompõe e ganha novos nomes dispostos a disputar o pleito.

“Ascendeu um espírito novo em tantos outros líderes. Eu falava de ex-prefeitos que se sentem agora à vontade para disputar porque vão disputar no mesmo nível [...] hoje nós temos um partido que quem está ali acima de 22 mil votos, disputa vagas. No partido de governo quem tem 35 mil votos já sabe que está fora da disputa de vagas. Então aqui há uma concorrência mais leal, mais justa, para aqueles que estão no mesmo nível”, afirmou.