O engenheiro civil Raimundo Alves Pereira é o novo gerente executivo do INSS no Piauí. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (24). Servidor de carreira há 40 anos, ele substitui Tyago Rodrigues da Silva, que ocupava o cargo interinamente desde maio. Raimundo já chefiou a Seção de Logística do INSS no estado, entre 2003 e 2014, período em que acompanhou a construção de diversas agências da Previdência. Sua indicação partiu do deputado federal Marco Aurélio Sampaio.

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Raimundo Alves Pereira, novo gerente do INSS.

Antes do interino, o cargo era ocupado por William Machado, exonerado pela presidência do órgão em meio a um processo de troca de comando nacional motivado pelo escândalo de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Apesar da exoneração, Machado continua no quadro do INSS como servidor efetivo, sem envolvimento nas irregularidades.

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William Machado deixou o cargo de gerente executivo do INSS Piauí.

As mudanças fazem parte da reorganização interna do instituto, que já iniciou a devolução dos valores descontados de forma irregular desde 2019. Mesmo com a nova nomeação, o INSS no Piauí enfrenta problemas estruturais, como déficit de servidores e falhas na fiscalização, o que compromete o atendimento à população.

Fraude bilionária no INSS

Em abril deste ano, a PF e a CGU deflagraram a operação Sem Desconto, que investiga um es6.quema de descontos associativos não autorizados aplicados diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas. De acordo com os órgãos de controle, o esquema teria movimentado cerca de R$ 6,3 bilhões de forma irregular entre 2019 e 2024.

Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

Fraude no INSS está sendo investigada pela Polícia Federal.

A operação, batizada de "Sem Desconto", tem como alvo um esquema de descontos associativos não autorizados aplicados diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas.

Os investigados poderão responder pelos crimes de:

Corrupção ativa

Corrupção passiva

Violação de sigilo funcional

Falsificação de documentos

Organização criminosa

Lavagem de capitais

Segundo a PF, os valores eram descontados mensalmente das contas dos beneficiários sob a justificativa de “mensalidades associativas”, como se fossem filiados a sindicatos ou associações, sendo que muitos nunca autorizaram nem tinham conhecimento dessas cobranças.