Com o veto do presidente Lula ao projeto que ampliaria o número de deputados federais de 513 para 531, o Piauí pode sofrer uma redução significativa em sua representação política. Caso o Congresso não derrube a decisão, o estado perderá duas cadeiras na Câmara Federal e seis na Assembleia Legislativa, impactando diretamente as articulações para as eleições de 2026.
Atualmente, o Piauí conta com 10 deputados federais e 30 estaduais. Com a nova configuração, o número cairia para 8 federais e 24 estaduais, exigindo uma reorganização nas chapas partidárias, inclusive no Partido dos Trabalhadores (PT), que hoje possui sete candidatos a deputados federais.
Questionado se o partido já discute a necessidade de reconfigurar a chapa federal diante da possível perda de cadeiras e das regras da cota de gênero, o deputado federal Merlong Solano respondeu.
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“É cedo para tratar disso, ainda vamos discutir o veto, talvez derrubem. Se não derrubar de fato, dos sete só vai ter que sair um, porque serão seis candidatos homens e três candidatas mulheres. De modo que é uma discussão que nós vamos travar no momento oportuno lá mais para frente”, disse o deputado.
A fala de Merlong confirma que, se o veto for mantido, ao menos um dos atuais candidatos a deputados federais do PT pode ter que deixar a disputa para dar lugar à readequação da chapa, que deverá seguir a regra dos 30% de candidaturas femininas.
A decisão de Lula pegou aliados de surpresa. A expectativa inicial era de que o projeto avançasse, garantindo ao Piauí a manutenção de suas cadeiras. A derrubada do veto deverá ser colocada em pauta após o recesso parlamentar, mas, até lá, o cenário segue de incerteza para a bancada piauiense e para os planos eleitorais dos partidos.
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