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IBGE: 71% das cidades do Piauí não chegam a ter nem 10 mil habitantes

Pesquisa revela densidade demográfica desigual no território piauiense, onde mais de 50% da população está presente em apenas 14 cidades.

28/08/2025 às 09h45

28/08/2025 às 09h45

A população do Piauí deve chegar a 3,38 milhões de habitantes ainda este ano. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (28) pelo IBGE no levantamento sobre as estimativas populacionais para o Brasil em 2025. Atualmente, o Piauí tem 3,27 milhões de habitantes, segundo o Censo Demográfico 2022, e o que chama a atenção é a localização de maior parte de quem mora no Estado. É que 14 cidades piauienses concentram mais da metade da população enquanto a grande maioria delas não chega a ter nem 10 mil habitantes.

IBGE: 71% das cidades do Piauí não chegam a ter nem 10 mil habitantes - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
IBGE: 71% das cidades do Piauí não chegam a ter nem 10 mil habitantes

O IBGE revela uma distribuição desigual da densidade populacional piauiense. Cidades como Teresina, Parnaíba, Picos e Piripiri estão entre as mais populosas. Teresina, por exemplo, tem 905.692 habitantes; Parnaíba tem mais de 170 mil, Picos tem mais de 86 mil e Piripiri passa dos 67 mil. Em contrapartida, 159 cidades piauienses têm menos de 10 mil habitantes, o que representa 71% do total de municípios do Estado.

Destas cidades com menos 10 mil habitantes, 77 tinham até 5 mil pessoas, e outras 82 tinham de 5 mil a 10 mil. Chama a atenção o município de Miguel Leão, que já foi considerado o de menor concentração populacional do Brasil. Hoje, Miguel Leão tem a menor população do Piauí e a 15º menor do país, com um total de apenas 1.355 habitantes, o equivalente a 0,04% do total da população do estado. Mas há cidades brasileiras com menor gente do que Miguel Leão: é o caso, por exemplo, de Serra da Saudade, em Minas Gerais, que tem apenas 856 habitantes.

IBGE: 71% das cidades do Piauí não chegam a ter nem 10 mil habitantes - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
IBGE: 71% das cidades do Piauí não chegam a ter nem 10 mil habitantes

Em termos populacionais, o Piauí deve ter o oitavo menor crescimento da população entre todos os 27 estados brasileiros em 2025. A projeção do IBGE é que o número de habitantes do Estado cresça só 0,26% em relação a 2024 para chegar aos 3,38 milhões de pessoas. Os estados com as maiores taxas de crescimento devem ser Roraima, Santa Catarina e Mato Grosso. Os com as menores devem ser Rio de Janeiro, Alagoas e Rio Grande do Sul. São Paulo continua sendo o estado mais populoso, concentrando 21,6% da população brasileira.

Com relação às capitais, Teresina tem a sexta maior população entre as capitais nordestinas e a 16ª maior taxa entre as capitais do país. Com mais de 905 mil habitantes, quase 27% da população do Piauí vive em Teresina, o que significa que um em cada quatro piauienses mora na capital. Mas a estimativa populacional do IBGE aponta que a região da Grande Teresina deve ultrapassar um milhão de pessoas ainda em 2025.

IBGE: 71% das cidades do Piauí não chegam a ter nem 10 mil habitantes - (Arquivo / O DIA) Arquivo / O DIA
IBGE: 71% das cidades do Piauí não chegam a ter nem 10 mil habitantes

É que os municípios que compõem a chamada Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) Grande Teresina deverão ter aumento populacional considerável até o final do ano. Criada em 2001, a RIDE Grande Teresina abrange, além da capital, Altos, Beneditinos, Curralinho, Demerval Lobão, José de Freitas, Lagoa Alegre, Lagos do Piauí, Miguel Leão, Monsenhor Gil, Nazária, Pau D’Arco, União e Timon.

Teresina, sozinha, concentra quase 70% da população da RIDE, e o segundo municípios mais população da região é, na verdade maranhense: Timon, com 182 mil habitantes (14% da população da RIDE). A RIDE Grande Teresina foi criada para uma melhor colaboração do planejamento e desenvolvimento urbano regional.

Números nortearão políticas públicas

Os cálculos da estimativa populacional feitos pelo IBGE servem de base para calcular os indicadores econômicos e sociodemográficos nos períodos entre os censos demográficos. Ela é o parâmetro usado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e, a partir dos dados, é que é feita a distribuição de recursos e o planejamento de políticas públicas.


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