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Dois servidores são afastados durante operação que investiga contratos na Saúde; entenda

Há suspeitas de superfaturamento, lavagem de dinheiro, conflito de interesses e falsidade ideológica em contratos milionários

30/09/2025 às 08h49

30/09/2025 às 08h49

A Polícia Federal deflagrou nas primeiras horas desta terça-feira (30) duas operações para investigar contratos firmados na área da Saúde em diversos estados brasileiros, incluindo o Piauí. São as Operações OMNI e Difusão, que contam com o apoio da Controladoria Geral da União e, no Piauí, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).

Polícia Federal deflagra operação para investigar contratos na Saúde; entenda - (Divulgação/Polícia Federal) Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal deflagra operação para investigar contratos na Saúde; entenda

Além do Piauí, as operações foram deflagradas também nos estados do Maranhão, Tocantins, Goiás, São Paulo, Paraná e em Brasília. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão. A Polícia Federal não informou onde a ordem de prisão foi executada.

No Piauí, a 3ª Vara Federal determinou a suspensão de contratos, o afastamento de dois servidores públicos e o bloqueio de cerca de R$ 66 milhões de investigados, valor referente ao esquema de superfaturamento de contratos. Além disso, cerca de R$ 1 milhão em espécie foi apreendido.

Em nota, a PF deu detalhes do inquérito. “As investigações apontam indícios de direcionamento e conluio em chamamento público da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) para contratação da Organização Social de Saúde (OSS) responsável pela gestão de hospitais estaduais, em especial o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba. Há suspeitas de superfaturamento, lavagem de dinheiro, conflito de interesses e falsidade ideológica em contratos milionários, incluindo o fornecimento de software de gestão em saúde”, diz a nota da polícia.

O Superintendente da CGU, Hélio Benvindo, destaca que os recursos eram estadual e federal, e as investigações ocorreram entre um a dois anos.

Hélio Benvindo, Superintendente da CGU - (Maria Clara Estrêla/ODIA) Maria Clara Estrêla/ODIA
Hélio Benvindo, Superintendente da CGU

Já em relação à Operação Difusão, as contratações irregulares envolviam órgãos da Saúde Estadual do Piauí e da Saúde Municipal de Teresina. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na capital piauiense e nas cidades de Imperatriz-MA e Marco-CE. Uma servidora pública foi afastada de suas funções nos órgãos mencionados. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal do Piauí.

Polícia Federal deflagra operação para investigar contratos na Saúde; entenda - (Divulgação/Polícia Federal) Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal deflagra operação para investigar contratos na Saúde; entenda

As apurações tiveram início a partir de denúncias à CGU e ao Ministério Público Federal de possíveis irregularidades no processo de contratação de empresa para a prestação de serviços de hemodiálise e diálise peritoneal à beira leito, que envolvia a suspeita de participação de agente público no sentido de favorecer a empresa contratada.

O que diz a Secretaria de Saúde do Piauí

A reportagem de O Dia procurou a Sesapi. Em nota, a Secretaria informou que tomou conhecimento da ação da Polícia Federal por meio da imprensa. Até o momento, a Sesapi desconhece o teor da investigação, mas adiantou que “está à inteira disposição da Polícia Federal para prestar quaisquer esclarecimentos assim que for formalmente notificada”.

O que diz a Fundação Municipal de Saúde de Teresina

A reportagem de O Dia também procurou a FMS. O órgão disse que até o momento não foi oficialmente notificado sobre qualquer investigação relacionada às operações OMNI e Difusão. Diz o comunicado: “A FMS tem compromisso com a transparência e a legalidade na gestão dos recursos públicos e se coloca à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários, caso venha a ser formalmente acionada”.


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Com informações da Polícia Federal