O governo federal aprovou um novo plano de ação voltado à conservação da flora ameaçada de extinção na Caatinga, bioma predominante no Piauí e no Ceará. A medida foi oficializada por meio da Portaria nº 52, de 12 de dezembro de 2025, publicada pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
O documento institui o Plano de Ação Nacional para a Conservação da Flora Ameaçada de Extinção da Caatinga Ceará–Piauí (PAN Flora da Caatinga), que estabelece estratégias prioritárias para proteger 25 espécies vegetais ameaçadas, além de beneficiar outras 11 espécies consideradas em risco ou com dados insuficientes.
LEIA TAMBÉM
- Piauí deve receber novos recursos para preservar a Caatinga e ampliar ações ambientais, diz secretário
- Consórcio Nordeste e BNDES anunciam investimento de R$ 100 milhões para recuperar a Caatinga
- Comissão Câmara aprova política nacional para recuperação da Caatinga e criação de fundo específico para o bioma
Entre as espécies contempladas, três estão classificadas como Criticamente em Perigo, como a Erythroxylum tianguanum e a Pitcairnia limae. Outras dez aparecem na categoria Em Perigo, incluindo a Cedrela fissilis e a Tabebuia aurea, enquanto 12 são consideradas Vulneráveis, a exemplo da Apuleia leiocarpa e do Pilocarpus jaborandi, planta de grande importância medicinal.
O plano também prevê ações integradas para espécies classificadas como Quase Ameaçadas, Dados Insuficientes e uma espécie listada na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), o cacto Melocactus zehntneri, comum em áreas da Caatinga.
De acordo com o JBRJ, o PAN Flora da Caatinga terá duração de cinco anos e tem como objetivo geral promover a conservação e a recuperação da flora ameaçada nos dois estados, assegurando a proteção dos habitats naturais, o uso sustentável dos recursos e a participação ativa das comunidades locais.
Além da preservação da biodiversidade, o plano busca garantir a manutenção dos serviços ecossistêmicos da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro e considerado um dos mais ameaçados do país devido ao desmatamento, à exploração irregular de recursos naturais e aos efeitos das mudanças climáticas.
A implementação das ações será acompanhada por mecanismos de supervisão e revisão periódica, com o objetivo de avaliar os resultados e ajustar as estratégias conforme a realidade ambiental e social da região.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.