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“Ótima notícia”, diz Trump após programa ser suspenso por comentários sobre morte de Charlie Kirk

Presidente dos EUA comemorou a suspensão do programa do humorista Jimmy Kimmel, após o apresentador fazer comentários sobre o assassinato do ativista de direita.

18/09/2025 às 09h55

Nessa quarta-feira (17), o programa “Jimmy Kimmel Live”, da emissora norte-americana ABC, foi suspenso por tempo indeterminado. A decisão veio após o apresentador, humorista renomado nos Estados Unidos, comentar sobre a reação do presidente Donald Trump ao assassinato de Charlie Kirk, podcaster e ativista de direita morto no último dia 10 de setembro. Através de suas redes sociais, o líder do país classificou a suspensão como uma “ótima notícia” e parabenizou a emissora por “ter tido a coragem de fazer o que precisava ser feito”.

Os comentários de Jimmy Kimmel foram feitos na última segunda-feira (15), no tradicional segmento em que o apresentador faz um monólogo sobre acontecimentos recentes. Na ocasião, o humorista fez referência aos apoiadores de Trump, conhecidos também como gangue MAGA (alusão ao slogan “Make America Great Again”, ou “Faça a América ótima novamente”).

“A gangue MAGA está tentando desesperadamente caracterizar esse garoto que assassinou Charlie Kirk como algo diferente de um deles e fazendo tudo o que pode para ganhar pontos políticos com isso”, disse Kimmel. O apresentador, que costuma criticar o governo de Trump, ainda ironizou a reação do presidente à morte de Charlie Kirk e criticou as bandeiras hasteadas a meio mastro em homenagem ao ativista.

“Não é assim que um adulto lamenta o assassinato de alguém que ele chama de amigo. É assim que uma criança de quatro anos lamenta a morte de um peixe de estimação”, afirmou Jimmy. No dia 10 de setembro, quando Kirk foi baleado, o apresentador condenou o ataque e fez uma publicação em suas redes sociais, enviando amor à família do podcaster.

“Ótima notícia”, diz Trump após programa ser suspenso por comentários sobre morte de Charlie Kirk - (Reprodução/X) Reprodução/X
“Ótima notícia”, diz Trump após programa ser suspenso por comentários sobre morte de Charlie Kirk

Donald Trump celebrou a decisão da emissora ABC por meio de uma publicação em uma rede social. “O programa ‘Jimmy Kimmel Live’, que sofria com pouca audiência, está CANCELADO”, disse. Ele ainda criticou o apresentador e outros humoristas que apresentam programas com o mesmo estilo. “Kimmel não tem NENHUM talento e sua audiência é ainda pior do que a de (Stephen) Colbert, se isso for possível. Resta apenas Jimmy (Fallon) e Seth (Meyers), dois completos perdedores, na ‘Fake News ABC’. A audiência deles também é horrível. Faça isso, ‘ABC’”, concluiu.

O programa “Jimmy Kimmel Live” está no ar desde 2003, sendo classificado como “talk show”, e é um dos mais emblemáticos da TV norte-americana. Apesar de ter “ao vivo” em seu título, o segmento é gravado anteriormente e une entrevistas com convidados famosos, monólogos sobre temas populares e notícias atuais, tudo apresentador de frente para uma plateia.

“Os comentários de Kimmel sobre a morte de Kirk são ofensivos e insensíveis num momento crítico do nosso discurso político nacional. Não acreditamos que reflitam o espectro de opiniões, visões ou valores das comunidades locais em que estamos”, disse a empresa proprietária da emissora ABC, responsável por veicular o ‘talk show’, ao suspender o programa e declaranr se opor veementemente à fala do humorista.

Jimmy Kimmel faz críticas à Donald Trump desde seu primeiro mandato como presidente dos EUA, de 2017 a 2020. O político de direita e o humorista já tiveram rusgas públicas, como na cerimônia da premiação Oscar, em 2024, apresentada por Kimmel. Na ocasião, Trump disse, em redes sociais, que nunca houve um apresentador tão ruim na premiação. Kimmel respondeu: “Obrigado, presidente Trump. Estou surpreso que esteja assistindo, já não passou da sua hora de ser preso? ”, fazendo trocadilho com as expressões “bed time” (hora de dormir) e “jail time” (hora de ser preso).

Quando Donald Trump foi reeleito para a presidência dos Estados Unidos, em 2024, Jimmy Kimmel afirmou que o momento foi "terrível para mulheres, para crianças, para os milhares de imigrantes que trabalham pesado e fazem (os EUA) incrível, para o sistema de saúde, para o clima, para a ciência, para o jornalismo, para a justiça, para a liberdade de expressão". Agora, a suspensão do programa é condenada pela comunidade televisiva norte-americana como uma violação dos direitos constitucionais de liberdade de expressão.

Rebeca Negreiros, especial para o Portal O Dia, com edição de Isabela Lopes.


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