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Após mais de dois anos de negociações e conflitos, o Hamas libertou, nesta segunda-feira (13), os últimos 20 reféns que permaneciam em cativeiro na Faixa de Gaza. A ação marca a fase final do acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o grupo, com mediação dos Estados Unidos e apoio de Egito, Catar e Turquia.
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O grupo Hamas havia sequestrado 251 pessoas durante o ataque de 7 de outubro de 2023. Desde então, libertações ocorreram em diferentes fases de cessar-fogo, mas ainda restavam 48 reféns sob poder do grupo na Faixa de Gaza. Segundo Israel, 20 deles foram entregues com vida, enquanto 28 morreram durante o cativeiro. O Hamas pediu mais tempo para devolver os corpos, alegando desconhecer o paradeiro de alguns.
Em contrapartida, o governo israelense iniciou a libertação de quase 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua. Os detidos foram transportados em ônibus da Cruz Vermelha para Gaza, Cisjordânia e outros países, como parte das cláusulas do cessar-fogo em Gaza.
O acordo prevê também o fim dos bombardeios israelenses e o recuo gradual das tropas do território palestino. Desde o início do conflito, mais de 67 mil pessoas morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. A Casa Branca informou que a redução das operações militares será acompanhada de monitoramento internacional e apoio humanitário.
Apesar do início do cessar-fogo em Gaza, pontos do acordo ainda estão em negociação. A Casa Branca não confirmou se o Hamas aceitou entregar totalmente as armas, e o grupo já afirmou que não aceitará tutela estrangeira sobre o governo local. A indefinição sobre o futuro político de Gaza permanece como um dos principais desafios para a consolidação da paz.
A transição proposta prevê uma retirada progressiva das tropas israelenses, reduzindo a ocupação em Gaza de 75% para 53%. Tropas de Israel foram instruídas a manter vigilância e preparar novas operações, caso o acordo seja violado.
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