Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, retiraram cerca de 55 corpos de uma área de mata na madrugada e manhã desta quarta-feira (29), um dia após a operação policial mais letal da história do estado. Os corpos foram levados para a Praça São Lucas, no centro da comunidade, e de acordo com os moradores, não fazem parte da contagem oficial de 64 mortos - 60 suspeitos e 4 policiais. A Polícia Militar foi procurada, mas ainda não se pronunciou. 

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VÍDEO: Moradores retiram mais de 50 corpos no Complexo da Penha após operação no Rio

Segundo relatos de moradores, os corpos retirados da mata da Serra da Misericórdia não estão incluídos na contagem oficial divulgada pelo governo do estado. Caso os números se confirmem, o total de mortos na operação pode ultrapassar 100 vítimas. Durante a noite, mais seis corpos encontrados em área de mata no Complexo do Alemão foram levados para o Hospital Getúlio Vargas.

O ativista Raul Santiago, morador do Complexo da Penha e diretor do Instituto Papo Reto, fez uma transmissão ao vivo denunciando a situação. “Esses corpos foram deixados em meio à mata e estão sendo trazidos pelos próprios moradores para que sejam registrados e não desapareçam das estatísticas”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais.

A pedido dos familiares, os corpos foram expostos para registro da imprensa, e depois foram cobertos com lençóis. A comunidade aguarda a retirada dos corpos pelo Instituto Médico-Legal.

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Situação do Rio de Janeiro após operação

De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a cidade retornou ao estágio 1 de mobilização às 6h desta quarta-feira (29) após ter sido elevada ao estágio 2 durante a tarde anterior, devido às interdições provocadas por confrontos nas zonas norte, oeste e sudoeste. As vias foram liberadas e o transporte público opera normalmente.

Com informações da Agência Brasil.