Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o setor imobiliário atingiu um novo patamar em 2024, registrando um volume recorde de financiamentos. No ano passado, os créditos para aquisição de imóveis somaram R$ 312 bilhões em todo o país, representando o maior valor já registrado. Esse desempenho ultrapassou o de 2021, quando o montante concedido foi de R$ 255 bilhões.

Governo Federal/ Divulgação

Compra da casa própria pode ficar mais difícil em 2025 com alta nos juros

Contudo, a previsão não é muito animadora para quem quer adquirir seu imóvel próprio em 2025. Isso porque a alta na taxa de juros pode impactar as condições de financiamento e dificultar a aquisição da casa própria, principalmente para aqueles imóveis considerados de médio padrão. Apesar da demanda, especialistas preveem um cenário de desaceleração para este ano, com muitos compradores adiando a decisão para esperar por melhores condições de pagamento.

De acordo com o Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi), os juros para o crédito imobiliário giram em torno de 11%, permanecendo abaixo da taxa básica da economia, atualmente fixada em 13,25%. Apesar de estarem em patamares elevados, as taxas de financiamento imobiliário tendem a sofrer menos impacto direto da Selic. Para 2025, a estimativa é que esses juros possam atingir 12%, mantendo-se dentro da média histórica do segmento.

Uma das alternativas para quem não se encaixa nas condições exigidas pelo Minha Casa Minha Vida ou que não consegue financiar imóvel pelo SFI (Sistema Financeiro Imobiliário) é o consórcio imobiliário. Essa é uma modalidade de compra coletiva na qual um grupo de pessoas se organiza para adquirir imóveis de forma parcelada, sem a necessidade de entrada ou pagamento de juros. Em vez de tomar um empréstimo e pagar juros a um banco, os participantes contribuem mensalmente para um fundo comum administrado por uma instituição financeira ou empresa de consórcios.