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Tatiana Medeiros é afastada do cargo de vereadora e passará por audiência de custódia

Ela foi presa nesta manhã (03) pela Polícia Federal, suspeita de envolvimento com facções criminosas. Câmara e Sesapi se pronunciam sobre Operação Escudo Eleitoral.

03/04/2025 às 07h10

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Atualizada às 9h48

Tatiana Medeiros foi afastada do cargo de vereadora na Câmara Municipal de Teresina por decisão da Justiça Eleitoral do Piauí. Presa pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento com facções criminosas, ela passará por audiência de custódia amanhã (04), onde será ouvida pelo juiz Luís Henrique Moreira Rego, no Plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI)

O TRE-PI informou que vai se pronunciar sobre o caso de Tatiana somente amanhã após a audiência de custódia. Será concedida uma entrevista coletiva pela juíza auxiliar da Corregedoria do órgão e coordenadora do Juízo Eleitoral de Garantias, um núcleo formado por magistrados e magistradas que atuam na fase de inquérito policial, autorizando buscas, apreensões, detenções, entre outras medidas ainda no curso das investigações.

Tatiana Medeiros é afastada do cargo de vereadora e passará por audiência de custódia - (Ezequiel Araújo/O Dia) Ezequiel Araújo/O Dia
Tatiana Medeiros é afastada do cargo de vereadora e passará por audiência de custódia

Sesapi, Câmara e o PSB - partido de Tatiana - se pronunciam

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) se pronunciou em nota sobre a Operação Escudo Eleitoral, afirmando que o órgão em si não é alvo da investigação. A Sesapi disse que está prestando junto aos órgãos competentes todas as informações solicitadas, já que um servidor foi citado na investigação.

Já a Câmara Municipal de Teresina fará uma coletiva de imprensa na manhã de hoje (03) para se manifestar sobre a investigação, já que a Polícia Federal também tem como alvos servidores comissionados do órgão.

A Assembleia Legislativa se pronunciou sobre a ação da PF por meio de nota: "a Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí informa que a Alepi foi oficialmente notificada pelas autoridades competentes acerca da operação Escudo Eleitoral e que não possui em seu quadro funcional, até o momento, nenhum servidor investigado na operação. Ressalta que Assembleia Legislativa do Estado do Piauí não possui qualquer envolvimento com os crimes objeto da investigação e que a Alepi, como instituição pública e transparente, coloca-se à disposição das autoridades para contribuir para a melhor elucidação dos fatos. Por fim, a Casa reitera seu compromisso com a transparência, a ética e o fortalecimento das instituições democráticas, sempre atuando de forma a garantir a confiança da sociedade nos processos institucionais".

Já o Partido Socialista Brasileiro (PSB) emitiu nota à imprensa sobre o ocorrido e disse ter tomado conhecimento do caso pela imprensa. A legenda afirma que só vai se pronunciar de forma "adequada e responsável" quando tiver acesso ao inquérito.

NOTA À IMPRENSA

O Partido Socialista Brasileiro (PSB), em relação à prisão da vereadora Tatiana Medeiros, informa que está acompanhando a situação com a máxima atenção. Tomamos conhecimento da operação simultaneamente à imprensa e, até o momento, não tivemos acesso ao conteúdo do inquérito policial.  

Para que possamos nos pronunciar de forma adequada e responsável, é imprescindível que tenhamos acesso ao referido inquérito. A esse respeito, ressaltamos que o partido formalizou o pedido de informações sobre o inquérito policial ainda no dia 27 de dezembro de 2024 e seguimos aguardando as autoridades competentes, confiantes no trabalho exemplar que distingue a Polícia Federal e o Judiciário Eleitoral.  

Reiteramos também o compromisso do PSB com a cidade de Teresina, com a transparência e com o devido processo legal, e seguiremos atentos ao andamento deste caso para adotar as medidas cabíveis, conforme já fizemos em relação ao afastamento da vereadora da direção municipal do partido.  

Atenciosamente,  

Diretório Municipal do PSB – PI

Sesapi e Câmara se pronunciaram sobre a Operação Escudo Eleitoral - (Reprodução/Sesapi) Reprodução/Sesapi
Sesapi e Câmara se pronunciaram sobre a Operação Escudo Eleitoral

Atualizada 8h15

Além da vereadora Tatiana Medeiros, a Polícia Federal também investiga ocupantes de cargos em comissão na Câmara Municipal de Teresina, na Assembleia Legislativa e na Secretaria de Saúde do Estado. Ao todo, a Operação Escudo Eleitoral cumpre oito mandados judiciais, sendo dois de prisão preventiva, três de busca e apreensão e três de afastamento de função pública como vereadora e cargos em comissão. Nos Poderes Legislativo Municipal e Estadual e na Sesapi.

As investigações iniciaram após a divulgação dos resultados das eleições 2024, quando a Polícia Federal identificou elementos que apontavam o vínculo entre a vereadora Tatiana Medeiros e um integrante de facção criminosa com atuação no Piauí. O integrante da facção era o namorado da parlamentar, Alandilson Passos, investigado e preso por lavagem de dinheiro do tráfico.

Operação que prendeu Tatiana Medeiros investiga, também, comissionados da Câmara e Alepi - (Divulgação/Polícia Federal) Divulgação/Polícia Federal
Operação que prendeu Tatiana Medeiros investiga, também, comissionados da Câmara e Alepi

Segundo a Polícia Federal, há indícios de que a campanha eleitoral de Tatiana Medeiros foi custeada com recursos ilícitos oriundos da facção criminosa, além de indícios de desvios de recursos públicos de uma ONG. O Instituto Vamos Juntos, fundado pela vereadora, está impedido pela justiça de receber qualquer novo aporte de recursos e os suspeitos investigados na operação Escudo Eleitoral estão proibidos de frequentaram os locais em que trabalhavam e manter contato com outros servidores.

O advogado da vereadora, Dellano Sousa, chegou à superintendência da Polícia Federal em Teresina para se informar sobre as circunstâncias da prisão e disse que soube que Tatiana Medeiros havia sido detido pela imprensa. Representantes da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí (OAB-PI) também estão na sede da PF acompanhando a operação, já que Tatiana Medeiros também é advogada.

Prisão ocorreu na casa da vereadora no bairro Ininga

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi presa nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (03) na sua residência, no bairro Ininga, na zona leste de Teresina. A parlamentar é alvo da segunda fase da Operação "Escudo Eleitoral" da Polícia Federal, que investiga possíveis crimes eleitorais cometidos nas eleições municipais de 2024 e a atuação de facções criminosas no processo eleitoral. Tatiana já foi levada para a sede da PF.

Tatiana Medeiros, vereadora de Teresina - (Arquivo / O DIA) Arquivo / O DIA
Tatiana Medeiros, vereadora de Teresina

Esta não é a primeira vez que a parlamentar é alvo de operação policial. Em novembro de 2024, a casa de Tatiana foi algo de uma operação do Denarc, que cumpriu mandado judicial na casa da então vereadora eleita. O alvo, no entanto, não era Tatiana, mas seu namorado, identificado como Alandilson Cardoso Passos, 33 anos. No momento, ele estava foragido. Alandilson é acusado de integrar a organização criminosa especializada no tráfico e em lavagem de dinheiro que estava sendo desarticulada .

Ele foi preso no dia 14 de novembro na cidade de Belo Horizonte. De acordo com a polícia, Alandilson Cardoso estava escondido em um hotel na capital mineira e já tinha uma passagem comprada em voo para São Paulo.

Tatiana Medeiros é fundadora e coordena o Instituto Vamos Juntos, localizado na Avenida Boa Esperança, na zona Norte de Teresina. O local também já foi alvo de buscas pela Polícia Federal durante a primeira fase da Operação Escudo Eleitoral.


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