A Câmara Municipal de Teresina aprovou, nessa quarta-feira (12), o Projeto de Lei nº 05/2025, que tem como objetivo instituir “salas lilás” nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos serviços de urgência e emergência da capital para atender mulheres vítimas de violência. A proposta, de autoria do vereador Eduardo Draga Alana (PSD), deverá agora seguir para sanção do prefeito Silvio Mendes (União Brasil).
Conforme o texto, a nova legislação visa fortalecer a rede de proteção às mulheres e oferecer atendimento humanizado às vítimas de violência doméstica e familiar, garantindo acolhimento, privacidade e orientação especializada.
LEIA TAMBÉM
- 62% dos brasileiros dizem não saber como ajudar mulher vítima de violência, aponta pesquisa
- Professora da UFPI é afastada após denúncias de violências feitas por estudantes
- Piauí passa a ter cadastro de pessoas condenadas por crimes de violência contra a mulher
- Condenados por racismo e violência contra grupos vulneráveis poderão ficar 5 anos sem assumir cargos públicos
O projeto prevê a criação de espaços reservados dentro das unidades de saúde, com atendimento multiprofissional realizado por psicólogos, assistentes sociais, médicos e enfermeiros. Nessas salas, as mulheres receberão escuta acolhedora, encaminhamento para medidas protetivas, quando necessário, e orientação sobre seus direitos e serviços de apoio disponíveis na rede municipal.
Segundo o texto aprovado, a implantação das Salas Lilás não acarretará novos custos ao Município, uma vez que utilizará espaços já existentes nas unidades e contará com profissionais da própria rede, que serão capacitados para o atendimento especializado.
“É preciso que a mulher se sinta segura e amparada desde o primeiro momento em que decide buscar ajuda. A Sala Lilás vem justamente para garantir esse acolhimento com humanidade, privacidade e orientação sobre seus direitos”, disse o vereador Eduardo Draga Alana.
Violência contra a mulher
De acordo com o Observatório Mulher Teresina, cerca de 88 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência por dia em 2024 na capital. Nos últimos dez anos, foram registrados 73 casos de feminicídio, sendo quatro apenas nos primeiros meses de 2025 — dados que evidenciam a urgência de políticas públicas mais efetivas.
Com a aprovação, o projeto segue agora para sanção do prefeito de Teresina. A iniciativa se alinha à Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) e reforça o compromisso do Legislativo Municipal com a proteção, acolhimento e valorização da vida das mulheres.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.