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Um ano após acidente na BR-316, Lokinho e ex-namorado ainda não foram julgados

Advogado denunciou que influenciador não paga pensão às vítimas. Justiça travou embate para decidir se réus vão a júri popular ou não, e julgamento segue sem data definida.

07/10/2025 às 16h00

Nesta segunda-feira (06) completou um ano do acidente que vitimou quatro pessoas na BR-316 em Teresina. O carro do influenciador Pedro Lopes Lima Neto, o Lokinho, atingiu e matou duas mulheres, deixando outras duas gravemente feridas. O veículo era dirigido por seu ex-namorado, Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa. Os dois respondem na justiça por homicídio doloso, mas um ano depois do ocorrido, ainda não foram julgados.

Stanlley e Lokinho foram presos, mas o influenciador acabou sendo solto dias depois para cumprir medidas cautelares. Stanlley passou cinco meses detido, mas também foi solto para responder ao processo em liberdade. E enquanto a justiça debatia se os dois seriam levados ao Tribunal do Júri ou se seriam julgados por crime de trânsito, a família das vítimas usava as redes sociais para fazer campanhas solidárias e custear o tratamento de quem sobreviveu ao acidente.

Um ano após acidente na BR-316, Lokinho e o ex-namorado ainda não foram julgados - (Divulgação) Divulgação
Um ano após acidente na BR-316, Lokinho e o ex-namorado ainda não foram julgados

Morreram no acidente Marly Ribeiro da Silva e Kassandra de Sousa Oliveira. As crianças Maria Alice de Sousa Oliveira e Maria Suely Oliveira Rocha ficaram gravemente feridas. Maria Suely ainda vive com sequelas do ocorrido, com dificuldades para andar e falar.

Lokinho e Stanlley viraram réus na justiça em novembro do ano passado, pronunciados por dois homicídios e dois crimes de lesão corporal. Mas em decisão proferida em junho deste ano, a juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, decidiu manter a reclassificação dos crimes imputados a eles como homicídio culposo. No entendimento da justiça, Lokinho e Stanlley não tinham intenção de atropelar e matar as vítimas.

No entanto, o Ministério Público entrou com recurso e conseguiu, em agosto, manter Lokinho e o ex- namorado como réus por homicídio doloso (quando há intenção de matar). A justiça, então, determinou que o influenciador e seu companheiro sejam levados a júri popular, mas até o momento, o julgamento não foi marcado.

Advogado denunciou que influenciador não ajudava família das vítimas

Em agosto deste ano, o advogado da família das vítimas, Josélio Oliveira, denunciou que o influenciador Lokinho estava há cinco meses sem depositar a pensão que a justiça determinou que fosse paga aos sobreviventes do acidente. O pagamento foi fixado em dois terços do salário mínimo mensalmente para cada filho das vítimas fatais, mas o valor nunca foi depositado pelos réus no processo.

“O Stanlley não paga, porque disse que não tem condição. Mas o Lokinho chegou a pagar, se não me engano, uns R$ 1 mil ou R$ 2 mil, mas há inadimplência desde o começo do ano, algo que soma em torno de R$ 12 mil”, explicou Josélio.

Apesar de serem obrigados a pagar pensão aos filhos das vítimas do acidente, Lokinho e Stanlley não tiveram seus bens bloqueados pela justiça. À época, o juiz da 8ª Vara Cível de Teresina justificou que não havia risco de inadimplência. O advogado das vítimas disse que vai pedir à justiça que reveja esta decisão e que notifique os processos em que há bens bloqueados dos réus para que eles sejam usados em favor do ressarcimento às vítimas.


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