O trabalhador teresinense precisou, em média, de 11,6 dias de trabalho em setembro para comprar uma cesta básica na capital piauiense, levando em consideração uma média de 8 horas trabalhadas. O dado é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Conab, que apontou redução de 2,63% no valor do conjunto de alimentos essenciais, agora custando R$ 645,98.

Arquivo/ODIA

O valor da cesta básica representa 46,01% do salário mínimo.

O resultado representa uma melhora em relação a agosto, quando o mesmo trabalhador precisava de 12 dias trabalhados para adquirir a cesta. Considerando o salário mínimo líquido, já com o desconto de 7,5% da Previdência Social, o estudo mostra que, em setembro, o trabalhador comprometeu 46,01% da renda com a compra da cesta, percentual menor que o 47,25% registrado no mês anterior

Nos últimos cinco meses, entre abril e setembro de 2025, o custo da cesta básica em Teresina apresentou uma queda acumulada de 4,31%. O tomate foi o destaque entre os produtos com maior redução, com queda de 14,64%.

Outros nove itens também registraram diminuição nos preços médios entre agosto e setembro: feijão carioca (-4,11%), açúcar cristal (-2,84%), pão francês (-2,42%), manteiga (-1,56%), banana (-1,31%), leite integral (-1,13%), farinha de mandioca (-0,71%) e arroz agulhinha (-0,22%).

Na contramão, alguns produtos tiveram alta no período: óleo de soja (2,44%), carne bovina de primeira (0,93%) e café em pó (0,91%). Entre abril e agosto, três itens acumularam aumento: café em pó (3,40%), óleo de soja (1,26%) e carne bovina (0,83%).

O Dieese registrou queda no preço da cesta básica em 25 das 27 capitais pesquisadas. A maior redução foi em Fortaleza (-8,96%), onde o valor passou de R$ 738,09 em julho para R$ 677,42 em setembro, uma diferença de R$ 60,67. Logo depois aparecem São Luís (-6,51%), Recife (-6,41%) e João Pessoa (-6,07%).