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Sol Pessoa, ex-assessora de Dr. Pessoa, é presa em operação contra corrupção em Teresina

Operação “Gabinete de Ouro” foi deflagrada pela Polícia Civil na primeira horas desta terça-feira (14); além de Sol, outras três pessoas também foram presas.

14/10/2025 às 07h25

A Polícia Civil do Piauí deflagrou nas primeiras horas desta terça-feira (14) a operação “Gabinete de Ouro”, para investigar supostos atos de corrupção praticados durante a gestão do ex-prefeito de Teresina, Dr. Pessoa. A ação cumpre 14 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária. Um desses mandados foi cumprido na residência da assessora do ex-prefeito, conhecida como Sol Pessoa. Ela foi apontada como sendo sobrinha de Dr. Pessoa, porém ele nega. A residência é localizada no Conjunto Hugo Prado, zona sul da capital.

Sol Pessoa e Dr. Pessoa - (Reprodução) Reprodução
Sol Pessoa e Dr. Pessoa

Os crimes investigados foram praticados contra a Prefeitura de Teresina entre os anos de 2021 e 2024. Sol trabalhava no gabinete do ex-prefeito e é investigada por suposta participação no esquema que desviou recursos públicos do município. Além dela, outras três pessoas foram presas durante a operação. A Polícia Civil também determinou o bloqueio de bens e patrimônio dos investigados, totalizando cerca de R$ 75 milhões, valor que, segundo os investigadores, corresponde ao montante do prejuízo causado aos cofres públicos.

A investigação, que foi iniciada há quase um ano, pediu ainda o sequestro e indisponibilidade de bens que foram adquiridos ilicitamente pelas pessoas investigadas. O juiz da Central de Inquéritos de Teresina decretou o sequestro desses bens, valores e veículos, que somados alcançam mais de R$ 75 milhões. Dentre os imóveis que tiveram a indisponibilidade decretada pela Justiça estão uma casa de alto padrão, um apartamento e um terreno.

O ponto de partida dessa investigação foi uma denúncia anônima que apresentou condutas ilegais praticadas pelo denominado “Gabinete de Ouro” dentro da Prefeitura de Teresina. Durante todo o período de investigação, o DECCOR conseguiu reunir diversos indícios que confirmavam os fatos noticiados.

De acordo com as investigações, os ocupantes de cargos estratégicos na Prefeitura utilizavam servidores comissionados e terceirizados, que também foram alvo desta operação, como operadores financeiros da empreitada criminosa. A investigação revela que as ações da organização criminosa envolviam principalmente construtoras e prestadoras de serviço.

Operação Gabinete de Ouro foi deflagrada pela Polícia Civil - (Divulgação/Ascom SSP-PI) Divulgação/Ascom SSP-PI
Operação Gabinete de Ouro foi deflagrada pela Polícia Civil

De acordo com o delegado Ferdinando Martins, do Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), responsável pela operação, o caso teve início a partir de uma denúncia anônima. “O trabalho busca identificar e trabalhar em cima de uma denúncia anônima. A gente identificou alguns servidores que tinham um certo protagonismo dentro da dentro da gestão pública. Principalmente envolvendo terceirizados, fornecedores e o objetivo da apreensão é recolher material e evoluir com os trabalhos, dentro do que a gente aprendeu. Nós temos 14 mandados de busca e apreensão, sequestro e quatro mandados de prisão temporária”, afirmou o delegado do DECCOR.

Ainda segundo ele, as investigações estão em andamento e o valor total do rombo pode ser ainda maior.

“A gente está mensurando ainda o prejuízo, mas a ordem de sequestro é de pouco mais de 70 milhões de reais. É isso que a gente pode falar por agora”, completou.


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