O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), reagiu nesta quinta-feira (12) ao relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Déficit, que investigou possíveis irregularidades financeiras na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD). O documento, aprovado na Câmara Municipal nessa quarta (12), concluiu que não houve o “rombo” nas contas públicas apontado por Silvio no início do ano, mas identificou indícios de superfaturamento em contratos e na compra de terrenos durante a gestão anterior.
Em resposta, o prefeito afirmou que a atual administração apresentou provas “robustas” de irregularidades ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e à própria Câmara.
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“Quando nós identificamos em mais de 3 mil processos que foram encaminhados ao Tribunal de Contas e à Câmara Municipal, nós entregamos provas materiais robustas do que aconteceu na gestão. Tem coisa certa e tem coisa errada. Daí a apuração ser necessária. Essa apuração foi feita pelo Tribunal de Contas, pela Controladoria do Município e naturalmente pela Câmara, a quem cabe também fiscalizar”, afirmou Silvio Mendes.
O gestor lembrou que as contas do ex-prefeito Dr. Pessoa já foram reprovadas pelo TCE e pela Câmara, além de haver decisões judiciais determinando a investigação e a prisão de ex-integrantes da antiga administração.
“Vamos combinar o seguinte: vamos processar o Tribunal de Contas que de forma ilegal desaprovou as contas. Vamos processar o juiz, os policiais e quem mais prendeu os membros da gestão passada que fizeram um fato ilegal e vamos pedir a Câmara que reconsidere a reprovação das contas do ano passado da gestão, porque eles reprovaram”, ironizou.
Silvio Mendes voltou a defender a necessidade de reorganizar as finanças do município e citou os empréstimos bancários herdados como parte do desafio fiscal enfrentado pela atual gestão.
“Só o Banco do Brasil são 620 milhões de reais. A prefeitura paga mais de um milhão de reais por dia de juros. O que foi que nós fizemos? Nós procuramos o Banco do Brasil, renegociamos a dívida, renegociamos os juros que estavam lá, porque eles baixaram os valores e nos deram um ano de carência para a gente respirar, pagar como for possível pagar e reduzir a despesa. Foi o que foi feito e nós conseguimos”, argumentou.
O prefeito também rebateu críticas pessoais e disse não aceitar ser chamado de mentiroso.
“Então não me cabe, eu não sou órgão de controle, eu sou gestor público para trabalhar e fazer o que a gente prometeu e vamos fazer. E eu fui até chamar de mentiroso e, por favor, eu não sou mentiroso, não sou corrupto. Eu não tenho vergonha de dizer que não sou corrupto, eu sou honesto e minha vida está dedicada a cuidar da cidade, cuidar bem do dinheiro público”, finalizou.
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