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Prefeitura atua para evitar colapso na saúde de Teresina, afirma presidente da FMS em CPI do Déficit

Leopoldina Cipriano, à frente da Fundação Municipal de Saúde desde o último mês de julho, depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Déficit nas Contas Públicas de Teresina.

17/09/2025 às 11h57

A presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Leopoldina Cipriano, prestou depoimento nesta quarta-feira (17) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Déficit nas Contas Públicas de Teresina. A comissão investiga a origem e as responsabilidades pelo endividamento do município, que já ultrapassa R$ 3 bilhões, segundo o atual prefeito Silvio Mendes (União Brasil).

Na 11ª oitiva da CPI, Leopoldina reconheceu as dificuldades enfrentadas pela saúde da capital, mas garantiu que a gestão municipal trabalha para evitar um colapso no sistema, o que poderia comprometer serviços essenciais à população.

“Nós estamos trabalhando para evitar isso [colapso na saúde]. Nós estamos dialogando com as instituições e com os fornecedores para renegociarmos débitos. Estamos buscando organizar e planejar melhor as ações para evitar esse colapso. O sistema único de saúde sempre foi subfinanciado e nós pegamos a fundação numa situação complicada. Mas qual é o objetivo da gente? É planejar. Por isso é que eu não tenho nenhum medo de dizer que estou fazendo tudo com muita cautela”, declarou ao PortalODia.com.

À frente da pasta desde julho, Leopoldina afirmou ter herdado uma rede de saúde em situação frágil, tanto no aspecto financeiro quanto estrutural.

Prefeitura atua para evitar colapso na saúde de Teresina, afirma presidente da FMS em CPI do Déficit - (Ezequiel Araújo/O Dia) Ezequiel Araújo/O Dia
Prefeitura atua para evitar colapso na saúde de Teresina, afirma presidente da FMS em CPI do Déficit

“Recebemos a FMS muita dificuldade. Eu acho que é público, a população vê a estrutura precária da nossa rede, retrata muito a nossa realidade financeira. Então nós temos hoje uma cidade que gasta mais de 34% do orçamento da prefeitura na saúde. E nós não estamos conseguindo desenvolver bem as ações ainda. Por quê? Porque nós temos muitos débitos da gestão de anos anteriores, de exercícios anteriores. O que a gente está tentando? Sanar os problemas atuais, apagar os incêndios para que a gente possa garantir a continuidade do trabalho. Mas é muito difícil”, destacou.

Entre as estratégias da FMS, a presidente citou a realização de um diagnóstico para identificar onde aplicar mais recursos, priorizando áreas de maior necessidade. Ela disse que a fundação tem buscado evitar o desabastecimento de insumos, reduzir custos e contratos, e manter a credibilidade junto a fornecedores e profissionais.

“Nós precisamos ter a credibilidade dos fornecedores, dos empregadores, dos profissionais. Para isso, nós estamos reduzindo o custo, nós estamos buscando amenizar toda a problemática financeira da Fundação”, afirmou.

Auditorias em andamento

Leopoldina também informou que duas auditorias estão em andamento para revisar contratos e identificar irregularidades. Segundo ela, a FMS já iniciou renegociações com instituições parceiras e empresas credenciadas ao SUS.

“Nós estamos hoje discutindo com os prestadores de serviço, com as empresas credenciadas que prestam serviço para o sistema do SUS, para a gente rever os valores do débito, negociar esses débitos e ter certeza de que nós vamos reduzir os danos, mas sem diminuir o serviço ofertado para a população”, concluiu.


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