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Paralisação dos garis deixa Teresina sem limpeza; trabalhadores podem deflagrar greve

De acordo com o presidente do sindicato que representa a categoria, Jhonathas Miranda, empresa não deu resposta sobre as reivindicações dos trabalhadores, que irão se reunir hoje para definir sobre greve.

09/07/2025 às 07h40

Teresina está sem limpeza urbana nesta quarta-feira (09) por causa da paralisação dos trabalhadores do setor. Os garis que atuam na capital estão reivindicando pagamento do salário de junho que, segundo eles, está atrasado. Conforme informou o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Piauí (Seeacep), há um impasse com a empresa Recicle/Aurora, operadora do serviço. Os trabalhadores estão concentrados em frente à sede da empresa, no bairro Macaúba, zona sul de Teresina.

Lixo se acumula em pontos da capital; categoria paralisou atividades por atraso nos salários. - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Lixo se acumula em pontos da capital; categoria paralisou atividades por atraso nos salários.

Ao todo, cerca de dois mil trabalhadores estão com os vencimentos atrasados, além de não receberem pagamento do vale transporte, ticket alimentação e um auxílio relacionado ao plano de saúde. Ao Portal O Dia, o presidente do Sindicato dos Empregos em Empresas de Asseio e Conservação de Teresina – Piauí (SEEACEP), Jhonathas Miranda, não houve retorno da empresa quanto às reivindicações para assinar o acordo do aditivo e isso tem provocado o atraso no pagamento.

“Todas as áreas de Teresina, hoje não irá ter coleta de lixo, não irá ter capina, não irá ter varrição durante 24 horas. Se a gente não tiver uma resposta dentro desse período, nós iremos nos reunir em uma assembleia extraordinária hoje a tarde e ver a possibilidade de uma greve”, antecipou. Esta foi a terceira vez em 2025 que os garis que trabalham na capital paralisam as atividades neste ano.

Em fevereiro, tanto os garis, quanto servidores da limpeza de escolas públicas e unidades de saúde, além de auxiliares administrativos cruzaram os braços. A manifestação se deu por conta do não pagamento dos vencimentos dos trabalhadores referentes a dezembro e janeiro, que não tinham sido efetuados. Além dos salários atrasados, os manifestantes reivindicavam à época o depósito do FGTS dos trabalhadores, o que segundo eles, não foi feito. Uma parcela do 13º salário dos profissionais também não havia sido depositada. Após a manifestação em fevereiro, os vencimentos referentes a 2025 foram pagos e os trabalhadores voltaram a trabalhar.

Prefeitura afirmou que problema se deve ao não pagamento com a empresa

Em nota, a Prefeitura de Teresina esclareceu que o Consórcio Recicle/Aurora se recusou a assinar o instrumento legal que garantia o pagamento dos serviços prestados no mês de junho, mesmo após tentativa de conciliação com o poder público sob coordenação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A PMT disse que compreende o movimento dos garis e classificou a situação como “um desrespeito”.

“Visando a resolução do problema, a gestão municipal determinou o pagamento do valor referente a dezembro de 2024, apurado após auditoria, o qual segue pendente diante da inércia da contratada para apresentação da documentação necessária à liberação dos valores. Face às pendências elencadas, a PMT segue em diálogo com o Tribunal Regional do Trabalho para destinação dos valores depositados judicialmente para adimplemento das verbas trabalhistas e buscará todas as medidas cabíveis para garantir o cumprimento do acordo, a valorização dos trabalhadores e a regularização dos serviços de limpeza urbana em Teresina”, diz a nota.


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