Teresina está sem limpeza urbana nesta quarta-feira (09) por causa da paralisação dos trabalhadores do setor. Os garis que atuam na capital estão reivindicando pagamento do salário de junho que, segundo eles, está atrasado. Conforme informou o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Piauí (Seeacep), há um impasse com a empresa Recicle/Aurora, operadora do serviço. Os trabalhadores estão concentrados em frente à sede da empresa, no bairro Macaúba, zona sul de Teresina.
Ao todo, cerca de dois mil trabalhadores estão com os vencimentos atrasados, além de não receberem pagamento do vale transporte, ticket alimentação e um auxílio relacionado ao plano de saúde. Ao Portal O Dia, o presidente do Sindicato dos Empregos em Empresas de Asseio e Conservação de Teresina – Piauí (SEEACEP), Jhonathas Miranda, não houve retorno da empresa quanto às reivindicações para assinar o acordo do aditivo e isso tem provocado o atraso no pagamento.
“Todas as áreas de Teresina, hoje não irá ter coleta de lixo, não irá ter capina, não irá ter varrição durante 24 horas. Se a gente não tiver uma resposta dentro desse período, nós iremos nos reunir em uma assembleia extraordinária hoje a tarde e ver a possibilidade de uma greve”, antecipou. Esta foi a terceira vez em 2025 que os garis que trabalham na capital paralisam as atividades neste ano.
Em fevereiro, tanto os garis, quanto servidores da limpeza de escolas públicas e unidades de saúde, além de auxiliares administrativos cruzaram os braços. A manifestação se deu por conta do não pagamento dos vencimentos dos trabalhadores referentes a dezembro e janeiro, que não tinham sido efetuados. Além dos salários atrasados, os manifestantes reivindicavam à época o depósito do FGTS dos trabalhadores, o que segundo eles, não foi feito. Uma parcela do 13º salário dos profissionais também não havia sido depositada. Após a manifestação em fevereiro, os vencimentos referentes a 2025 foram pagos e os trabalhadores voltaram a trabalhar.
Prefeitura afirmou que problema se deve ao não pagamento com a empresa
Em nota, a Prefeitura de Teresina esclareceu que o Consórcio Recicle/Aurora se recusou a assinar o instrumento legal que garantia o pagamento dos serviços prestados no mês de junho, mesmo após tentativa de conciliação com o poder público sob coordenação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A PMT disse que compreende o movimento dos garis e classificou a situação como “um desrespeito”.
“Visando a resolução do problema, a gestão municipal determinou o pagamento do valor referente a dezembro de 2024, apurado após auditoria, o qual segue pendente diante da inércia da contratada para apresentação da documentação necessária à liberação dos valores. Face às pendências elencadas, a PMT segue em diálogo com o Tribunal Regional do Trabalho para destinação dos valores depositados judicialmente para adimplemento das verbas trabalhistas e buscará todas as medidas cabíveis para garantir o cumprimento do acordo, a valorização dos trabalhadores e a regularização dos serviços de limpeza urbana em Teresina”, diz a nota.
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