A família de Pedro Rocha Pereira e Farias, acusado de matar a ex-companheira Gisele Maria Pinheiro Pereira, divulgou nesta sexta-feira (11) uma carta aberta à sociedade. O documento expressa pesar pelo crime ocorrido em 5 de abril e solidariedade à família da vítima, ressaltando que os pais do acusado reconhecem a gravidade do ato e defendem a responsabilização do filho conforme determina a lei.

Na carta, os pais afirmam que Pedro agiu de forma “impensada” e “fraca”, e destacam que os valores ensinados em casa sempre foram pautados pelo respeito e pela educação. “Escrevemos estas palavras com nossos corações pesados, cientes de que nada do que dissermos trará de volta a Gisele, cuja vida foi interrompida de forma trágica e injusta”, diz um trecho da mensagem.
Pedro Rocha foi preso em flagrante no dia do crime, após confessar o assassinato à polícia. Gisele Maria, de 33 anos, foi morta com 10 golpes de canivete em um apartamento no residencial Tancredo Neves, zona Sudeste de Teresina. De acordo com o depoimento do acusado, o crime teria ocorrido após ele acessar o celular da vítima e reagir ao que considerou um estilo de vida incompatível com o que esperava.
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Mesmo diante do crime, os pais afirmam que continuarão ao lado do filho, respeitando os preceitos legais. “Aceitaremos isso como parte da busca por uma justa Justiça, e que o devido processo legal seja imparcial, garantindo a ele os sagrados direitos constitucionais da ampla defesa e do contraditório”, afirma o texto assinado pela família e pelo advogado Dr. José Cardoso Junior (OAB/PI nº 13.583).
Ao final da carta, os pais se dirigem diretamente à família da vítima: “Nos solidarizamos com a dor da família da Gisele, especialmente seus pais, Antônio e Maria, e que esse trágico acontecimento possa servir de reflexão, para que outras famílias não tenham que passar por esse sofrimento que nos acompanhará por todos os dias de nossas vidas”.
Veja a carta na íntegra:

Família diz que vítima vivia relacionamento marcado por agressões físicas e psicológicas
Em entrevista à O DIA TV, os pais da vítima, Antônio de Sousa Pereira e Maria de Sousa, relataram a dor de perder a filha de forma tão trágica. “Não tem palavras pra medir essa dor. Toda a família está arrasada. A gente sabia que ela era ameaçada, vimos ele agredir minha filha na nossa frente. Ela era dependente emocionalmente dele, e ele se aproveitava disso. Um psicopata”, desabafou o pai.
Segundo o relato, Gisele sofria com problemas psicológicos e fazia uso de medicação controlada. Apesar disso, era descrita pelos pais como uma jovem alegre, cheia de planos e muito ligada à família. Formada em Ciências Contábeis, ela trabalhava em um escritório da área.
A mãe de Gisele também falou sobre o luto: “Eu vi ela no caixão, mas ainda não acredito. Quando penso que foi ela, eu desmorono. Ela era o riso da casa. Mesmo com os problemas, era uma menina feliz, sonhava com uma vida tranquila, uma família. Não merecia esse fim.”
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