O paciente que foi baleado com cerca de sete tiros durante a madrugada desta quarta-feira (26) no Hospital Mariano Castelo Branco, na Santa Maria da Codipi, já havia sofrido outro atentado anteriormente. A informação foi revelada ao O DIA durante entrevista com o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko.
De acordo com o delegado, o paciente deu entrada no hospital na terça-feira (25) com ferimentos de disparos de arma de fogo. Logo após a sua internação, policiais do 22º Distrito Policial foram até o local e o entrevistaram. No entanto, o homem não deu nenhuma informação sobre o atentado.
“Eles [os policiais] entrevistaram a vítima, mas ele não disse nada. Não informou quem praticou o atentado contra ele e não deu nenhuma informação que levasse os policiais a chegar à autoria do crime. Mesmo assim, os policiais continuaram procurando informações na região. Porém, na madrugada de hoje, esse indivíduo novamente sofreu outro atentado”, disse Luccy Keiko.
O crime ocorreu por volta das 4h da manhã, onde três homens encapuzados renderam o policial responsável pela segurança da portaria do hospital e dispararam contra a vítima. O paciente foi atingido no braço, ombro e cabeça.
Após os disparos, o paciente foi encaminhado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde passou por cirurgia. Ainda pela manhã, a polícia novamente tentou entrevistá-lo, mas não obteve sucesso. O delegado geral comentou que o atentado é considerado grave, uma vez que outras pessoas poderiam ter sido feridas.
“Esse foi um crime gravíssimo, várias pessoas poderiam ter sido feridas por esse ato criminoso. Os indivíduos que vivem no mundo do crime não tem limites. Para eles, adentrar em um hospital e atirar contra qualquer pessoa não é nada, por isso a repressão precisa ser forte por parte do estado. Estamos empenhados em solucionar esse crime”, complementou.
Após atentado, Guarda Municipal fará segurança nos hospitais de Teresina
Após a invasão no Hospital Mariano Castelo Branco, o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, informou que a Guarda Civil Municipal de Teresina atuará fazendo a segurança dos hospitais da rede municipal da capital.
”Nós já demos uma determinação para o presidente da Fundação Municipal de Saúde e também para a Guarda Municipal para reforçar a segurança dentro das unidades de saúde. Externamente é uma responsabilidade do Governo do Estado, enquanto o governo não fizer essa tratativa de responsabilidade do governo nós iremos dar”, afirmou Dr. Pessoa.