A ex-chefe de gabinete do ex-prefeito Dr. Pessoa, Suelene da Cruz Pessoa, conhecida como Sol Pessoa, foi solta na manhã deste domingo (19), após o término do prazo de prisão temporária decretado no âmbito da Operação Gabinete de Ouro, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí (PC-PI).
A operação, realizada na última terça-feira (14), investiga supostos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro na Prefeitura de Teresina durante a gestão anterior. De acordo com as investigações, o esquema teria movimentado cerca de R$ 75 milhões em recursos públicos por meio de rachadinhas e transações financeiras irregulares.
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Além de Sol Pessoa, também foram presos temporariamente Rafael Thiago (servidor público da Prefeitura), Mauro José (servidor terceirizado e ex-motorista da gestão) e Marcus Almeida (empresário e ex-servidor terceirizado).
Durante os cinco dias de prisão, os investigados prestaram depoimentos por videoconferência ao Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Deccor).
Em seu depoimento, Sol Pessoa afirmou ter seguido “ordens superiores” e apontou que pessoas ligadas ao primeiro escalão da antiga gestão poderiam ter se beneficiado do esquema. Ela, no entanto, negou ter se apropriado dos recursos.
A Polícia Civil segue analisando documentos, extratos bancários e movimentações financeiras apreendidos durante a operação. Segundo a corporação, o objetivo é rastrear o destino dos valores desviados e identificar todos os envolvidos na suposta rede de corrupção instalada no gabinete do ex-prefeito. As investigações continuam sob sigilo judicial.
Investigados vão colaborar com as investigações
Ao PortalODia.com, o responsável pelo inquérito, delegado Ferdinando Martins, explicou que os presos demonstraram vontade em cooperar com as investigações, inclusive em colaboração com a polícia por meio do fornecimento de informações para nortear o inquérito.
"Alguns dizem que vão colaborar e que não têm qualquer motivo para esconder os dados. Estamos aguardando a oitiva deles. No momento, a prisão é temporária. Depois dos cinco dias, podemos pedir a prorrogação ou a conversão em preventiva. Nosso objetivo é concluir a oitiva de todos eles até amanhã de manhã, quando vamos deliberar se pedimos ou não a prorrogação ou a preventiva. Tudo vai depender da análise do material", disse o delegado Ferdinando.
Entre as provas que estão sendo analisadas está o relatório financeiro do Coaf que aponta movimentações atípicas nas contas dos envolvidos no esquema de corrupção na Prefeitura. Os documentos mostram que a ex-assessora, Sol Pessoa, encabeçava os desvios de recursos por meio da realocação e lotação de terceirizados e da manipulação dos pagamentos de servidores. Os valores desviados chegam a R$ 75 milhões.
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