O Piauí é o estado mais católico do Brasil, com 85% da população adepta da religião cristã, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste contexto, o período da Quaresma impulsiona as vendas de itens como ovos, peixe, feijão verde e abóbora, consumidos tradicionalmente entre a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-Feira Santa, que este ano será comemorada no dia 18 de abril. Na Nova Ceasa, os produtos chegam a ser até 50% mais baratos que nos supermercados dos bairros.

A guinada para cima na compra de itens que possam substituir a carne vermelha, que culturalmente é anulada do cardápio, chega a aumentar a procura pelo peixe em até 50%. Na central de abastecimento, o preço por quilo é até 20% mais barato que nas gôndolas do supermercado. “Aqui, temos o tambaqui, que é o que mais sai, além da tilápia e branquinha. A pescada amarela e o camarão também saem muito”, revela Mateus dos Santos Silva, que trabalha em um estabelecimento especializado na venda de peixes na Nova Ceasa.
Caixas de ovos também são muito procuradas durante o período. Em um supermercado próximo, a cartela de 30 unidades é comercializada por R$ 29,49, enquanto que na Ceasa o mesmo produto custa R$ 22, uma economia de R$ 7,50. “Na Ceasa é mais barato porque a gente recebe direto do produtor e daqui vai para os supermercados. O consumidor que opta por comprar direto com a gente, com certeza, economiza”, avalia o empresário Francisco Sales.

Outro produto bastante procurado neste período é o feijão verde, ou feijão “novo”, como também é conhecido pela população. A permissionária Elenice Gonçalves diz que as vendas aumentam em até 40% durante a época. O litro do produto na Nova Ceasa custa R$ 12, enquanto que nos supermercados, um saquinho pode chegar a R$ 24. “O pessoal procura muito, ainda mais assim, tirado na hora. O feijão vem do Maranhão e cidades do interior do Piauí, da agricultura familiar. É um produto de qualidade a preço baixo”, recomenda a comerciante.
O Rei da Abóbora
Conhecido como o Rei da Abóbora, Helke Ribeiro Lima é dono de uma carreta que transporta o fruto de diversas regiões até Teresina. São toneladas e toneladas do produto para dar conta da demanda no período da Semana Santa. “Aumenta uns 40% a procura. Haja abóbora. A gente vende 10 carretas de abóbora por semana, com 30 mil quilos cada. Além da abóbora, a gente traz o jerimum, maxixe, quiabo, cebola, batata, cenoura, repolho. E aqui é baratinho, não gosto de explorar ninguém”, afirma o comerciante.

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