Mulheres vão às ruas neste domingo (7), em Teresina, para denunciar o aumento nos casos de feminicídio e protestar contra todas as formas de violência que violam seus direitos à liberdade, respeito e segurança.

Na capital piauiense, o ato acontece na Praça Pedro II, a partir das 17h, como parte de uma mobilização nacional realizada em nove capitais do país.

Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ato vem como resposta ao aumento de casos de feminicídio no país.

O movimento é organizado por diversos coletivos, movimentos sociais e organizações feministas, com o lema “Basta de feminicídio. Queremos as mulheres vivas.” O objetivo é chamar atenção para o crescimento da violência de gênero, romper o silêncio e exigir justiça diante da impunidade que marca muitos casos no Brasil.

No Nordeste, além do Piauí, apenas o Maranhão confirmou participação no ato, com uma manifestação realizada na manhã deste domingo (7), na Praça da Igreja do Carmo, em São Luís.

A mobilização foi convocada após uma onda de feminicídios recentes no país, incluindo casos que chocaram pela brutalidade.

Em Teresina, o corpo da jovem Yasmyn Silva Oliveira, de 24 anos, foi encontrado neste sábado (6) na Estrada da Alegria, zona Sul da cidade. Ela estava desaparecida desde o último domingo (30), e a principal suspeita é de que dois homens, após recusarem-se a pagar por um programa sexual, cometeram o crime. A Polícia Civil do Piauí já prendeu os suspeitos, que ainda não tiveram suas identidades reveladas.

Outro caso de grande repercussão ocorreu em São Paulo, quando Tainara Souza Santos teve as pernas mutiladas após ser atropelada e arrastada por cerca de 1 km. O motorista Douglas Alves da Silva foi preso por tentativa de feminicídio.

Segundo o Mapa Nacional da Violência de Gênero, cerca de 3,7 milhões de mulheres brasileiras sofreram violência doméstica nos últimos 12 meses. Somente em 2024, 1.459 mulheres foram vítimas de feminicídio, uma média de quatro assassinatos por dia.

Apesar de uma leve redução em 2025, o país já registrou 1.180 casos de feminicídios e cerca de 3 mil atendimentos diários pelo canal Ligue 180, conforme dados do Ministério das Mulheres.