Uma mulher de 33 anos, identificada pelas iniciais P.R.F.O., foi presa em flagrante suspeita de extorquir sua vizinha ao se passar por integrante de uma facção criminosa. A prisão aconteceu na quarta-feira (18) no bairro Parque Piauí, zona Sul de Teresina.
A vítima recebeu mensagens da criminosa por um aplicativo de mensagens, onde a suspeita afirmava que o filho da vizinha estava envolvido com o tráfico de drogas e tinha uma dívida pendente. Para evitar supostas consequências, a mulher exigiu o pagamento de R$ 800, além de fazer ameaças.
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Segundo o coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), delegado Charles Pessoa, a ação foi descoberta após a vítima procurar a polícia e entregar as mensagens enviadas pela criminosa. “Essa mulher utilizou técnicas de engenharia social para intimidar a vizinha, uma pessoa bem humilde que ficou muito preocupada com a situação. A partir das mensagens, conseguimos identificá-la e realizar a prisão em flagrante”, afirmou o delegado.
A engenharia social, citada pelo delegado, é uma estratégia utilizada por criminosos para manipular e enganar as pessoas a partir das suas vulnerabilidades emocionais ou psicológicas, com o objetivo de obter informações confidenciais, dinheiro ou outras vantagens. O delegado destacou que crimes desse tipo, em que pessoas se passam por membros de facções criminosas, têm sido recorrentes.
A suspeita foi levada ao DRACO, onde confessou o crime e, em seguida, foi encaminhada à Central de Flagrantes, onde permanecerá à disposição da Justiça. “A criminosa confessou tudo no depoimento e foi encaminhada à audiência de custódia. Nessa situação específica, ela estava exigindo mais de 800 reais de uma vítima, uma pessoa bem humilde, o que gerou uma grande preocupação. Mas, às vezes, os valores podem ser ainda maiores. Temos nos deparado com isso frequentemente”, acrescentou.
O que fazer se for vítima de golpe de extorsão?
Caso você receba mensagens ou ligações de indivíduos se passando por membros de facções criminosas ou exigindo dinheiro sob ameaças, siga as orientações abaixo:
- Bloqueie o número: Não mantenha contato com os criminosos.
- Não faça transferências ou depósitos: Mesmo que eles apresentem informações pessoais ou de rotina, trata-se de um golpe.
- Procure a polícia: Vá até a delegacia mais próxima e registre um boletim de ocorrência, levando todas as evidências possíveis, como mensagens ou registros de chamadas.
“Reforçamos que, se algum cidadão ou cidadã receber ligações ou mensagens de indivíduos se passando por membros de facções criminosas, exigindo quantias em dinheiro e alegando que você repassou informações para a polícia, trata-se de um golpe. A primeira ação deve ser bloquear o número. Não faça nenhuma transferência ou depósito bancário. Procure uma unidade policial para que possamos tomar as providências necessárias”, destaca o delegado.
O coordenador do DRACO lembra ainda que os golpistas não possuem informações concretas, mesmo apresentando alguns dados relacionados à rotina da vítima.
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