Poucos dias após a ser anunciada como a nova presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Leopoldina Cipriano concedeu entrevista nesta segunda (14) ao Comando Geral, programa da FM e TV O Dia. A nova gestora falou sobre os desafios que terá pela frente na administração da pasta, dentre eles, a convocação de aprovados no último concurso da FMS. E como equacionar esse chamamento com a viabilidade financeira da Prefeitura.
Atualmente, a FMS já consome 34% do orçamento do município, o que representa um terço dos recursos da Prefeitura, e não há margem para aumento de repasses para a saúde. Leopoldina afirmou que chamar aprovados em concurso é prioridade, mas o chamamento dependerá da viabilidade financeira do município.
“A prioridade são os concursados. Ficou acordado: nenhuma contratação precária. Primeiro eu quero saber o impacto financeiro que convocar esses concursados vai dar para o município. Eu vou ter que falar com recursos humanos. A partir de hoje eu vou estar sentando com os recursos humanos, perguntando qual é a real situação hoje da fundação; com a financeira a mesma coisa, qual o impacto financeiro que vai dar no orçamento do município e da fundação convocar esses concursados”, disse.
A nossa prioridade é sim convocar os concursados, quando nós tivermos o levantamento de toda a situação. Nós não vamos inviabilizar em hipótese nenhuma a gestão. Hoje nós temos que trocar de pneu com o carro andando. Temos que garantir insumos nos hospitais, temos que garantir morfina nos hospitais, temos que garantir dipirona. Enfim, o básico
Leopoldina é a terceira gestora da FMS em seis meses
Leopoldina assumiu a FMS no lugar de Francisco Pádua, que estava interinamente à frente da Fundação após a exoneração de Charles da Silveira. O ex-gestor pediu para deixar o comando da Saúde em Teresina por “divergências administrativas”. Já em fevereiro deste ano, o comando da Fundação ficou incerto depois que Charles da Silveira, então presidente da entidade, pediu exoneração por “desencontros” com a administração municipal.
No lugar dele, assumiu Francisco Pádua. Mas o afastamento de Charles durou apenas uma semana e ele retornou ao cargo após um entendimento com o prefeito Silvio Mendes. Em maio, o presidente da FMS se afastou novamente por uma semana, mas por questões pessoais. E agora no começo de julho, Charles da Silveira voltou a pedir exoneração da Fundação, alegando questões administrativas. Com a confirmação de Leopoldina Cipriano à frente do órgão, a Fundação Municipal de Saúde de Teresina passa a ter seu terceiro gestor em seis meses.
Leopoldina Cipriano era a secretária de Municipal de Saúde de Miguel Alves. Desde 2023, vinha ocupando posições de liderança no Consems-PI, como vice-presidente e como presidente eleita da entidade. A gestora também é membro do Comitê Estadual de Prevenção de Mortalidade Materna e Fetal desde outubro de 2023.
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