A família do vaqueiro Carlos Manoel, conhecido como Fogoso, autorizou a doação de seus órgãos após a constatação da morte encefálica no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O gesto solidário vai permitir que pacientes do Piauí e do Ceará recebam transplantes e tenham uma nova chance de vida.
Natural do município de Miguel Alves, Carlos faleceu em decorrência de um acidente de moto. Ele chegou a ser internado na UTI do hospital, onde permaneceu sob cuidados intensivos até a confirmação da morte encefálica. A partir desse momento, a Equipe de Doações de Órgãos e Tecidos (E-DOT) iniciou o protocolo de captação, em diálogo com a família e seguindo todos os critérios legais e éticos.
Segundo a médica Milena Cavalcante, coordenadora da E-DOT, a autorização representa um avanço na conscientização sobre o tema. “Cada doação tem um impacto enorme. Ver famílias dizendo ‘sim’ à vida mostra que a sociedade está compreendendo que doar é um ato de empatia e amor”, afirmou.
Durante o procedimento, o HUT realizou o Cortejo da Vida, cerimônia silenciosa que acompanha o doador da UTI até o centro cirúrgico, simbolizando a continuidade da vida por meio da doação.
A decisão da família foi tomada em meio à dor da perda. “Foi muito difícil, mas apoiamos a doação. Sabemos que ele vai continuar vivo em outras pessoas”, disse Nathalya Lopes, prima do vaqueiro, ao lado da irmã e de outros familiares.
A presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Leopoldina Cipriano, destacou a importância do ato. “A doação transforma a dor em esperança e salva vidas. Agradecemos à família pela coragem e solidariedade nesse momento tão delicado”, afirmou.
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