Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook x Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Em greve, trabalhadores negam que estejam impedindo ônibus de saírem das garagens

Setut havia afirmado que a categoria descumpre determinação judicial para 80% da frota circular durante a greve.

13/05/2025 às 09h40

A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina entrou em seu segundo dia nesta terça-feira (13). Quem anda pelas ruas de Teresina se deparada com a ausência do transporte coletivo nas ruas e com paradas cheias. Reunidos na sede da entidade representante da classe, os motoristas e cobradores negaram que estejam impedindo os ônibus de saírem das garagens, conforme teria alegado as empresas.

Em greve, trabalhadores negam que estejam impedindo ônibus de saírem das garagens - (Arquivo O Dia) Arquivo O Dia
Em greve, trabalhadores negam que estejam impedindo ônibus de saírem das garagens

Em nota, o Setut havia dito que a decisão judicial de colocar 80% da frota de ônibus nas ruas não está sendo cumprida pela categoria e que menos de 30 veículos circularam nos horários de pico, quando o mínimo exigido seria de aproximadamente 215 veículos, configurando descumprimento da ordem judicial.

Mas, segundo Antônio Cardoso, presidente do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte), não há nenhum motim nas portas das garagens impedindo dos veículos de saírem e a quantidade de ônibus circulando por Teresina está compatível com o que prevê a legislação para greve em serviços essenciais. Ele alega que os 80% da frota que a justiça determinou que circule nos horários de pico e os 40% nos horários entrepico não é estado de greve e sim a quantidade habitual de ônibus que roda por Teresina em dias comuns.

Até o momento, não há entendimento entre a categoria e os empresários. “Na realidade, nós continuamos como ontem. Não houve nenhum acordo por parte dos consórcios até agora e não tem nenhuma proposta. A gente queria que eles colocassem alguma coisa, mas não tem nenhuma sinalização. O que se apresenta, infelizmente, é que não há preocupação com o que está acontecendo”, afirma Cardoso.

Antônio Cardoso, presidente do Sintetro - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Antônio Cardoso, presidente do Sintetro

Sobre as reivindicações de reajuste salarial, o Setut alega que promoveu aumentos e melhorias nos benefícios concedidos aos trabalhadores nos últimos anos. “Em 2022, foi firmada convenção coletiva com concessão de reajuste salarial de 6% e inclusão de novos benefícios, como vale-alimentação e plano de saúde. Em 2023, houve novo reajuste salarial de 6%, aplicado de forma linear a salários e benefícios. Em 2024, foi aplicado reajuste de 6,97%, acompanhado de avanços adicionais nos benefícios sociais”, diz a entidade.

O SETUT informa ainda que vai encaminhar para o Tribunal Regional Eleitoral a comprovação de descumprimento da decisão liminar que determina que 80% da frota circule durante a greve.


Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.