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Deterioradas, paradas e estações de ônibus de Teresina não oferecem segurança aos usuários

Pela cidade, o vandalismo e o descaso são uma realidade que penaliza os que dependem desse transporte.

28/03/2025 às 09h21

28/03/2025 às 09h21

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Utilizar o transporte público em Teresina está cada vez mais complicado. Não somente pela falta de coletivos, mas também porque a estrutura nas paradas e estações não oferece um local seguro e confortável para os usuários. Coberturas deterioradas e com buracos, que não protegem nem do sol, nem da chuva, bancos quebrados, além de estações abandonadas, sem iluminação e rodeadas de mato. 

Deterioradas, paradas e estações de ônibus de Teresina não oferecem segurança aos usuários - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Deterioradas, paradas e estações de ônibus de Teresina não oferecem segurança aos usuários

Na principal via da cidade, a Avenida Frei Serafim, há uma das paradas de ônibus mais movimentadas, a que fica localizada em frente ao antigo supermercado Bom Preço, onde passam os coletivos que seguem para as zonas Sul e Sudeste. As coberturas estão, literalmente, caindo aos pedaços, e parte do teto está cedendo. Quem trabalha no local, relata como é o dia a dia dos usuários do transporte público

Deuromar Araújo (46) é comerciante e tem uma banca de balas, água de coco e mineral, entre outros produtos, localizada ao lado da parada de ônibus do antigo Bom Preço. Ele comenta que é comum ouvir reclamações dos usuários, e que muitos acabam se abrigando debaixo do sombreiro que ele utiliza para cobrir seus produtos para se proteger do sol e da chuva.

“A cada dia que passa a situação dessas paradas de ônibus só piora. O teto está cheio de buraco, então, mesmo a pessoa ficando debaixo, não consegue se proteger. A maioria das pessoas se protege no meu sombreiro, porque as paradas que têm não prestam”, disse.

Deterioradas, paradas e estações de ônibus de Teresina não oferecem segurança aos usuários - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Deterioradas, paradas e estações de ônibus de Teresina não oferecem segurança aos usuários

A dona de casa Aline Maria reside no bairro Esplanada, zona Sul de Teresina, e conta que utiliza o transporte público com frequência. Segundo ela, essa não é uma realidade apenas das paradas de ônibus localizadas na Avenida Frei Serafim, podendo ser presenciado o mesmo descaso em outras vias e bairros da cidade.

“Além de não proteger nada, essas paradas sequer oferecem condições de aguardamos com um mínimo de conforto, como se protegendo da chuva e do sol, ou um local adequado para sentar e limpo. Por onde passo, vejo as paradas em péssimas condições”, cita.

A dona de casa Aline Maria reside no bairro Esplanada, zona Sul de Teresina, e conta que utiliza o transporte público com frequência - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
A dona de casa Aline Maria reside no bairro Esplanada, zona Sul de Teresina, e conta que utiliza o transporte público com frequência

A dona de casa Maria Djanira Melo acrescenta ainda que as coberturas são muito pequenas e não oferecem proteção aos usuários. Segundo ela, era necessário instalar modelos cujas coberturas fossem mais amplas, a fim de dar maior proteção à população que aguarda os coletivos.

O abandono e o descaso também se repetem com as estações de ônibus. Instaladas nos principais corredores da capital, as enormes construções estão completamente abandonadas e, algumas, cobertas por matos e até servindo de abrigo para pessoas que vivem em situação de rua. Assim que foram construídas, as obras contavam com portas de vidro e ar-condicionados, mas essa boa fase durou apenas alguns meses. Muitos equipamentos foram roubados e os vidros quebrados. Hoje, as estações de ônibus são apenas elefantes brancos pela cidade.

Uma dessas estações é a Estação Viaduto Ivan Tito, localizada na BR-316, zona Sul de Teresina, em frente ao posto de combustível. De acordo com o gerente do posto, João de Deus, devido à iluminação precária e o local coberto por mato, os funcionários acabam se sentindo inseguros. Além disso, ele comenta que a falta de segurança também contribui para o medo de ser vítima da criminalidade. “Há um tempo, chegaram a instalar uma câmera em um desses postes, mas não deu muitos dias e quatro homens vieram e levaram. O posto só funciona até às 22h, e depois disso fica muito perigoso”, destaca.

De acordo com o gerente do posto, João de Deus, devido à iluminação precária e o local coberto por mato, os funcionários acabam se sentindo inseguros - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
De acordo com o gerente do posto, João de Deus, devido à iluminação precária e o local coberto por mato, os funcionários acabam se sentindo inseguros

A frentista Kátia Rejane comenta que chega ao local de trabalho por volta das 5h30. Ela explica que já presenciou muitas pessoas que moram em situação de rua, inclusive cadeirantes, utilizando a estação como local para dormir. “Eu fico com medo, até porque quando eu chego ainda está amanhecendo, e nessa região, há muitas pessoas nessas condições. A prefeitura devia mandar fazer a limpeza desse mato, que está muito alto, até porque não dá para ver quem está do outro lado da via ou até mesmo se escondendo, e também colocar mais iluminação. Ninguém se arrisca a esperar ônibus aqui nessa estação”, reforça.

Contraponto

A equipe do Jornal O Dia entrou em contato com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) que, por meio de nota, informou que está fazendo um levantamento das paradas e estações de ônibus que necessitam de reparos e manutenção. Além disso, o órgão destacou que, em breve, serão instalados novos modelos de paradas de ônibus.

“A Strans, por meio da Diretoria de Transportes Públicos e a Gerência de Planejamento, está fazendo um levantamento de todas essas paradas e estações que precisam de reformas. São uma média de 600 paradas, sendo 78 estações.

Nos abrigos serão feitos reparos emergenciais, e em breve, a prefeitura vai substituir, após licitação, por novos modelos de abrigos das paradas de ônibus, criando um padrão igualitário em toda a cidade.

Nas estações de integração, os vidros serão substituídos por estruturas metálicas e um sistema de ventilação por meio de exaustores. Toda essa nova estrutura deve acontecer gradativamente, conforme os recursos provenientes.”


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