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Defesa nega que Alandilson seja do B40 e tenha injetado dinheiro no projeto social de Tatiana

“80% da votação da Tatiana é concentrada numa área tomada pelo PCC e não pelo Bonde dos 40”, diz advogado.

28/11/2025 às 15h41

28/11/2025 às 15h41

A audiência de julgamento de Tatiana Medeiros e Alandilson Cardoso Passos chegou ao fim na tarde desta sexta-feira (28). Após prestar depoimento por 20 minutos e silenciar quando questionado pela acusação, Alandilson retornou para a Cadeia Pública de Altos. O namorado de Tatiana responde por associação criminosa à facção Bonde dos 40 e lavagem de dinheiro. Mas sua defesa nega que ele tenha qualquer relação com alguma organização criminosa.

Defesa nega que Alandilson seja do B40 e tenha injetado dinheiro no projeto social de Tatiana - (Reprodução/O Dia TV) Reprodução/O Dia TV
Defesa nega que Alandilson seja do B40 e tenha injetado dinheiro no projeto social de Tatiana

Wildes Próspero, advogado de Alandilson, conversou com os jornalistas na saída da audiência e reafirmou a inocência de seu cliente. Ele lembrou que Alandilson é réu primário e que a prova de que não integra nenhuma facção está no fato de ele nunca ter respondido a nenhum processo criminal até ser alvo da Justiça Eleitoral junto com Tatiana.

Ao negar que Alandilson faça parte do Bonde dos 40 e tenha injetado dinheiro do crime na campanha de Tatiana, Wildes Próspero pontuou elementos do inquérito policial. São elementos que, segundo ele, apontam para inconsistências na tese do Ministério Público.

“Não existe nenhuma ação penal tramitando em desfavor do Alan. Uma das hipóteses investigativas era verificar se a votação recebida pela vereadora coincidia com áreas que em tese seriam de predominância do Bonde dos 40. Na verdade, quase 80% da votação de Tatiana é concentrada na zona Norte, que é tomada por uma outra facção denominada PCC”, disse.

Wildes Próspero, advogado de defesa de Alandilson Cardoso Passos - (Reprodução) Reprodução
Wildes Próspero, advogado de defesa de Alandilson Cardoso Passos

De acordo com Wildes Próspero, não houve nenhuma investigação da polícia que provasse que Alandilson integraria o Bonde dos 40 e isso teria sido confirmado pela própria delegada que presidiu a Operação Denarc 64. Adilia Kelin teria dito em depoimento durante a audiência que a investigação partia do pressuposto do envolvimento de Alandilson com a organização. “Não há que se partir de um pressuposto. Há que se levantar um dado fático e apontar elementos. Não há nenhuma indicação disso”, pontuou o advogado.

Recurso no STF

A defesa de Alandilson ainda aguarda o julgamento do STF sobre a Reclamação acerca da nulidade das provas anexadas ao processo. O recurso trata do relatório do COAF, que foi solicitado pela Polícia Civil após movimentações suspeitas nas contas de Alandilson e de pessoas ligadas a ele. O relatório foi utilizado no inquérito da Polícia Federal que mirou em Tatiana, dada à proximidade dos dois.

No entendimento da defesa, a prova foi obtida de maneira ilegal, sem uma autorização judicial. Por isso, deveria ser descartada do processo. Foi esse o questionamento feito ao STF e que está pendente de ser julgado Se deferido o pedido da defesa, o julgamento pode ser anulado.


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