Cerca de 130 famílias que vivem em uma ocupação no bairro Catarina, na zona Sul de Teresina, foram notificadas nesta terça-feira (28) para desocupar o terreno, que pertence ao Estado. A ação foi conduzida pela Polícia Militar em parceria com a Secretaria de Administração do Estado (Sead), após parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) que confirmou a ilegalidade da ocupação.

Assis Fernandes/ O DIA

Cerca de 130 famílias recebem ordem de despejo e terão 30 dias para deixar ocupação no bairro Catarina

Segundo as autoridades, o terreno pertence ao Governo do Estado e está incluído em projetos de infraestrutura. Durante a operação, as famílias foram informadas sobre a necessidade de desocupação e receberam um prazo de 30 dias para deixar o local de forma voluntária.

O comandante da operação, coronel Jamsen, explicou que o objetivo da ação é garantir que o processo ocorra com diálogo e respeito às famílias. “Falamos com alguns familiares, demos ciência dessa publicação no Diário Oficial, abrimos um canal de comunicação com os ocupantes para tentar encaminhá-los para algum outro projeto social e fazer com que tomem ciência de que essa ocupação é ilegal”, explicou o coronel Jamsen.

Ainda conforme o coronel, caso o prazo de 30 dias não seja cumprido, o Estado deve retornar à área para realizar a desocupação com o apoio da Polícia Militar, seguindo protocolos de segurança e mediação com o Ministério Público e a Defensoria Pública. “Solicitamos que fosse feita a desocupação voluntária e, caso não seja feita, o Estado voltará aqui para fazer a retirada seguindo protocolo da Polícia Militar, alinhado com o Ministério Público e a Defensoria Pública, para fazer a desocupação de uma forma mais digna e com menos conflito possível”, afirmou o coronel Jamsen.

Assis Fernandes/ O DIA

Cerca de 130 famílias recebem ordem de despejo e terão 30 dias para deixar ocupação no bairro Catarina

Entre os moradores notificados, muitos afirmam não ter condições financeiras para arcar com aluguel. Uma das ocupantes, que preferiu não se identificar por temer represálias, relatou que trabalha com serviços domésticos e não possui outra alternativa de moradia. “Eu vivo trabalhando, lavando roupa, fazendo faxina, mas não tenho condição de pagar aluguel. É triste, porque o que mais quero é uma casa para morar com meus filhos”, disse a moradora.