O advogado Arcedino Concesso, piloto do avião que fez um pouso forçado em um campo de futebol na última segunda-feira (12), na zona Norte de Teresina, usou suas redes sociais para agradecer o apoio de familiares e amigos após o acidente, e aproveitou para relatar o que teria ocorrido com a aeronave.
"O avião apresentou falha no motor (não foi a porta mal fechada). Tentei ao máximo evitar lugares habitados, pois vi que não conseguiria voltar ao aeroporto”, disse Arcedino, que se recupera da cirurgia que realizou ontem (13). O advogado destacou ainda que, tão logo esteja em condições, dará as explicações cabíveis sobre o acidente.
O piloto pediu ainda que as pessoas evitem compartilhar imagens do acidente, como forma de resguardar a imagem de sua família. “Não compartilhem fotos/vídeos de momentos de dor e sofrimento da minha família, principalmente minha esposa e filhas. Evitem julgamentos”, clamou.
Na publicação, Arcedino Concesso pede que as pessoas continuem orando e que tem “vivido o milagre e a energia do poder das orações”, agradeceu aos profissionais de saúde que cuidaram dele e de sua família e segue em observação até o recebimento da alta médica.
O avião com a família estava em Fortaleza, reabasteceu em Teresina e seguiria para o Tocantins. Além de Arcedino, estavam no avião a esposa, a médica Juliana Plácido, duas filhas do casal, Giovana Plácido,16 anos, e N.C Plácido, 4 anos; e a sogra do piloto, Maria Gracy, 66 anos.
O piloto, sua esposa e a idosa tiveram fraturas no lombar e foram submetidas à cirurgia. A filha mais velha do casal, Giovana Plácido, teve trauma na coluna lombar, mas o tratamento indicado é conservador e ela já foi liberada. Já a segunda filha do casal, de apenas 4 anos, passou por exames e está estável, sem lesões.
O acidente
O pouso forçado da aeronave aconteceu no início da tarde de segunda-feira (12) no campo do Bariri, na Vila Operária, na zona Norte de Teresina. Em conversa com a torre de controle do aeroporto de Teresina, Arcedino Concesso pediu autorização para retornar e alegou que uma das portas teria ficado aberta.
Operários que trabalhavam na obra que é realizada no campo do Bariri relataram a apreensão no momento do pouso e da retirada das vítimas do avião. Eles relevaram o medo de explosão da aeronave.