O Viaduto da Avenida Miguel Rosa, na Zona Sul de Teresina, pode ser interditado após a queda de um bloco de concreto registrada na quarta-feira (17), o que levou órgãos técnicos a iniciarem avaliações sobre a segurança da estrutura. Apesar do impacto, não houve registro de feridos ou acidentes no momento da ocorrência.
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O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI), Hércules Medeiros, explicou que uma análise preliminar identificou outros blocos com risco de desprendimento. Segundo ele, a situação exige medidas imediatas para evitar acidentes mais graves.
“O que tudo indica é que existem outros elementos também com risco de queda. Já verificamos isso do outro lado e vamos fazer a inspeção ao longo de todo o tabuleiro, orientando a remoção dessas peças. Até que isso seja feito, o trânsito seja até interditado porque isso representa risco real de fatalidade”, afirmou.
Durante vistoria no local, técnicos do CREA constataram que um segundo bloco de concreto, localizado em outra parte do viaduto, apresenta afastamento ainda maior da estrutura original. O risco, segundo o conselho, é potencializado pela configuração da via. “Essa outra peça é até maior e está em uma área mais crítica, porque ali só existe uma via. Caso ocorra o desprendimento, pode atingir um motociclista ou um veículo de grande porte, com possibilidade de acidente fatal”, alertou o presidente do Crea-PI.
SDU Sul afirma que situação está sendo monitorada
Em nota, a Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sul (SDU Sul) equipes técnicas estão em diálogo com os órgãos competentes para avaliar as condições da estrutura e definir as providências necessárias. “A estrutura passará por avaliação técnica com análise das condições atuais e definição das providências adequadas. Seguimos monitorando a situação”, informou a SDU Sul, em nota.
Problemas no viaduto não são recentes
Inaugurado em 2019, o viaduto da Avenida Miguel Rosa já registrou outros problemas estruturais ao longo dos anos. Em novembro deste ano, foi identificado um desnível de aproximadamente 13 centímetros na estrutura, o que levou à adoção de medidas preventivas.
Entre as alterações recomendadas pelo CREA estavam a redução do limite de velocidade de 60 km/h para 50 km/h e a proibição da circulação de veículos de carga. O objetivo era diminuir o impacto do peso e das vibrações sobre a estrutura.
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