Teresina apresentou, em 2024, a maior redução no número de nascimentos entre todas as capitais brasileiras. Dados das Estatísticas do Registro Civil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o município registrou 10.557 nascimentos no ano passado, uma queda de 14,8% em relação aos 12.385 registrados em 2023.
A redução reforça uma tendência observada na capital ao longo da última década. Entre 2014 e 2024, o pico da série histórica ocorreu em 2018, quando Teresina contabilizou 15.511 nascidos vivos. A partir de 2020, ano marcado pelo início da pandemia de Covid-19, houve uma queda expressiva, com 12.736 registros. De 2021 a 2023, a quantidade de nascimentos permaneceu estagnada em pouco mais de 12 mil por ano, até cair para 10.557 em 2024.
Considerando o intervalo entre 2018 e 2024, Teresina acumulou uma retração de 32% no número de nascimentos, o que representa 4.954 registros a menos em seis anos.
No cenário nacional, o Brasil registrou uma queda de 5,8% nos nascimentos em 2024, tendência acompanhada por quase todas as capitais. As únicas exceções foram Recife, que manteve estabilidade, e João Pessoa (PB), que apresentou aumento de 11,16%. Após Teresina, as maiores reduções ocorreram em Aracaju (14,18%), Boa Vista (9,30%), Salvador (9,18%) e Rio de Janeiro (8,56%).
Piauí tem o menor número de nascimentos da série histórica
Além da expressiva queda em sua capital, o Piauí também registrou, em 2024, o menor número de nascimentos de toda a série histórica iniciada em 2003. No total, foram contabilizados 38.438 nascimentos, redução de 8,2% em relação a 2023, quando o estado registrou 41.884. Este é o terceiro ano consecutivo de queda no indicador, o que coloca o Piauí entre os três estados brasileiros com as maiores reduções em 2024.
Até então, o número de nascidos no estado sempre superara a marca dos 40 mil por ano. O recorde foi alcançado em 2018, com 48.830 registros. Comparado a esse pico, o volume de 2024 representa uma queda de 21,3%, o equivalente a 10.392 nascimentos a menos em seis anos.
Em 2024, o Brasil contabilizou 2,37 milhões de nascimentos, uma queda média de 5,8%. Acre (8,7%), Rondônia (8,6%), Piauí (8,2%) e Roraima (8,0%) lideraram as reduções no país, enquanto Paraíba (1,9%), Alagoas (2,4%) e Goiás (3,0%) registraram as menores quedas.
Após dois anos de recuo, número de óbitos volta a crescer no Piauí
As Estatísticas do Registro Civil também mostram que o número de óbitos voltou a crescer no Piauí em 2024, após dois anos de redução. Foram registradas 21.274 mortes no estado, alta de 4,34% em relação às 20.389 registradas em 2023. Apesar da elevação, o índice ainda está abaixo do recorde observado em 2021, ano mais crítico da pandemia, quando o estado registrou 23.133 óbitos.
A tendência de alta também foi observada no cenário nacional. Em 2024, o Brasil contabilizou 1,49 milhão de óbitos, crescimento de 4,6% em relação ao ano anterior. Todas as unidades federativas registraram aumento, exceto Roraima, que apresentou queda de 5,97%. Entre os maiores crescimentos estaduais estão Distrito Federal (10,26%), Rio Grande do Sul (8,03%), Goiás (7,68%) e Santa Catarina (7,59%).
Os dados do IBGE evidenciam um movimento simultâneo de queda nos nascimentos e aumento nos óbitos, reforçando o envelhecimento acelerado da população brasileira — tendência que se expressa de forma ainda mais intensa no Piauí e em sua capital.
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