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Taxa de desocupação no mercado de trabalho reduz em Teresina e no Piauí, revela IBGE

No Estado, a queda da desocupação foi impulsionada pelo setor público, que empregou 33 mil servidores.

15/08/2025 às 10h42

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (15) os indicadores para o mercado de trabalho e os dados são considerados positivos para o Piauí e também para Teresina. É que o Estado e a capital conseguiram reduzir a quantidade de pessoas desocupadas no mercado no segundo trimestre de 2025. A taxa de desocupação no Piauí atingiu 8,5%, redução de quase dois pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre. Já em Teresina, a desocupação chegou a 7,8%, queda de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

Taxa de desocupação no mercado de trabalho reduz em Teresina e no Piauí, revela IBGE - (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil
Taxa de desocupação no mercado de trabalho reduz em Teresina e no Piauí, revela IBGE

A taxa de desocupação se refere às pessoas que não estão trabalhando, mas que estão ativamente buscando emprego e que estão disponíveis para trabalhar. Com a redução da desocupação, significa que mais pessoas estão ingressando no mercado de trabalho e passando a ter uma ocupação que gere renda.

De acordo com o IBGE, 123 mil pessoas no Piauí estavam desocupadas no segundo trimestre deste ano, um total de 26 mil pessoas a menos em relação ao trimestre anterior, quando o estado tinha registrado 149 mil desocupados. Este aumento da ocupação foi impulsionado principalmente pelo setor público, que incrementou em 33 mil o número de servidores contratados fora do regime estatutário ou sem registro em carteira de trabalho.

A ausência da carteira assinada configura o que o IBGE chama de ocupação informal. Ela também reduziu no Piauí. No segundo trimestre de 2025, a proporção de pessoas com ocupação informal no mercado de trabalho piauiense chegou a 51,8%. Esta é a menor proporção registrada desde 2012 no Estado. No primeiro trimestre, o indicador havia sido de 54,6%. A queda foi de 2,8 pontos percentuais. Pelo menos 688 mil piauienses possuem ocupação informação.

Taxa de desocupação no mercado de trabalho reduz em Teresina e no Piauí, revela IBGE - (Agência Brasil) Agência Brasil
Taxa de desocupação no mercado de trabalho reduz em Teresina e no Piauí, revela IBGE

O IBGE explica que as pessoas ocupadas na informalidade são: trabalhadores por conta própria sem registro de CNPJ (231 mil pessoas), pessoas ocupadas no setor privado da economia sem registro na carteira de trabalho (83 mil pessoas), trabalhadores domésticos sem registro na carteira (25 mil pessoas) e os empregadores sem registro no CNPJ (23 mil pessoas).

Da mesma forma que caiu a taxa de desocupação e informalidade piauiense, caiu também a taxa de pessoas em desalento no mercado de trabalho. Pessoas em desalento, segundo o IBGE, são aquelas que desejam trabalhar, estão disponíveis para o trabalho, mas não procuram emprego ativamente porque desistiram de encontrar. A taxa de pessoas em desalento no Piauí caiu de 8,6% no primeiro trimestre do ano para 7,1% no segundo trimestre.

O número de desalentados no Piauí chegou a 11 mil pessoas, redução de 27 mil em relação ao trimestre anterior.

“Dados contribuem, mas ainda não alteram a conjuntura do Piauí”, diz especialista

A redução na taxa de desocupação e da informalidade no Piauí são importantes atestam uma melhora no cenário econômico e social de quem vive aqui, mas ainda não alteram de forma significativa a conjuntura do Estado. Quem afirma isso é o gerente de Planejamento do IBGE no Piauí, José Tavares. Ele lembra que mesmo com a redução de 2,8 na taxa de informalidade, o Piauí continua em quinto lugar entre os estados com as maiores taxas.

“É um bom começo, mas o caminho que se tem a percorrer ainda é longo. Da mesma forma que a gente viu um movimento de diminuição naqueles indicadores que qualificam o mercado (subutilização da força de trabalho e desalento), a taxa de desalento do Piauí ainda é a segunda maior entre todos os estados da federação. Isso mostra que achamos um caminho, mas que muito ainda pode e precisa ser feito”, diz Tavares.

José Tavares, gerente de Planejamento do IBGE no Piauí - (Divulgação/Governo do Estado) Divulgação/Governo do Estado
José Tavares, gerente de Planejamento do IBGE no Piauí

Para o gerente de Planejamento do IBGE, o setor público foi, sem dúvidas, o grande impulsionador do mercado de trabalho no Piauí no segundo trimestre de 2025. Dos 33 mil contratados para ingressarem no funcionalismo público, pelo menos 27 mil eram prestadores de serviços. Significa dizer que apesar de não estar contratando mediante concurso, o funcionalismo público tem contribuído para a queda na informalidade e nas taxas de desocupação no Estado.


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