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Região do MATOPIBA concentra mais de 70% do desmatamento no Cerrado

Avanço do agronegócio em Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia pressiona o bioma, apesar disso, houve uma queda de 11,49% no desmatamento do Cerrado.

31/10/2025 às 13h40

31/10/2025 às 13h40

O desmatamento no Cerrado apresentou uma queda de 11,49% entre agosto de 2023 e julho de 2024, segundo dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quinta-feira (30). Apesar da redução, a região do Matopiba, formada pelos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, ainda responde por 77,9% de toda a devastação registrada no bioma.

O Piauí está entre os estados que mais houve desmatamento no Cerrado.  - (Divulgação/Semarh) Divulgação/Semarh
O Piauí está entre os estados que mais houve desmatamento no Cerrado.

O dado reforça o impacto do avanço do agronegócio na região, que tem se consolidado como uma das principais fronteiras agrícolas do país, impulsionando o crescimento econômico, mas também ampliando a pressão sobre áreas de vegetação nativa. Os estados do Matopiba têm fortalecido políticas públicas e incentivos para expansão agrícola, atraindo investimentos em grãos, soja, milho e pecuária, setores que transformaram a paisagem natural do Cerrado nas últimas décadas.

Ainda assim, o resultado do levantamento representa um avanço no combate à degradação ambiental. A redução do desmatamento na Amazônia e no Cerrado desde 2022 permitiu evitar a emissão de 733,9 milhões de toneladas de CO₂. Esse volume corresponde ao total das emissões da Espanha e da França somadas em 2022.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que os resultados positivos refletem o esforço conjunto de diferentes níveis de governo e a retomada da agenda ambiental como prioridade.

"A redução do desmatamento na Amazônia pelo terceiro ano consecutivo nesta gestão e no Cerrado pelo segundo ciclo seguido é a confirmação de que a agenda ambiental é prioritária e transversal no governo do presidente Lula. Isso é fundamental para que o país contribua ao enfrentamento à mudança do clima a nível global” afirmou

O Prodes, sistema que monitora o desmatamento com base em imagens de satélite, é o principal instrumento de medição anual da perda de vegetação nativa no Brasil. O levantamento é complementado pelo Deter, que emite alertas diários sobre alterações na cobertura vegetal da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal, apoiando as ações de fiscalização conduzidas pelo Ibama e pelo ICMBio.


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