A partir desta sexta-feira (15) está proibida qualquer queimada em todo o território piauiense. A determinação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) vale até 15 de outubro de 2025 e inclui todas as formas de uso do fogo, mesmo as previamente autorizadas, em atividades agropastoris, florestais, limpeza de áreas e manejo de resíduos.
A decisão vem em um momento crítico para o estado: o Piauí enfrenta a pior seca dos últimos cinco anos, com rios e açudes em níveis historicamente baixos e umidade do ar reduzida. As altas temperaturas e ventos fortes ampliam o risco de incêndios, que se alastram rapidamente e são difíceis de controlar.
Nos últimos meses, focos de queimadas registrados em diferentes regiões saíram do controle, consumindo áreas de preservação e colocando comunidades em risco. Além dos danos irreversíveis à fauna e à flora, esses incêndios comprometem a qualidade do ar, provocam problemas respiratórios na população e deixam prejuízos econômicos para produtores rurais.
Segundo a Semarh, a proibição é uma medida preventiva para evitar que o cenário piore durante o período de estiagem. As únicas exceções são para a queima de canaviais em unidades agroindustriais e para ações de capacitação técnica em prevenção e combate a incêndios, sempre com autorização prévia do órgão.
O secretário estadual do Meio Ambiente, Feliphe Araújo, reforça que a fiscalização será intensificada e que equipes estão de prontidão para agir. “Essa proibição é uma medida preventiva essencial. O Piauí vive um momento de alerta máximo, e nossa missão é proteger vidas, comunidades e biomas. Não vamos tolerar o uso irregular do fogo e vamos atuar com rigor contra quem desrespeitar a lei”, afirmou. Quem descumprir a portaria estará sujeito a multas pesadas e demais sanções previstas na legislação ambiental.
Piauí enfrentará calor acima da média no B-R-O Bró
Segundo previsões meteorológicas, o estado tem 80% de chance de registrar temperaturas acima da média histórica, com índices de umidade relativa do ar abaixo dos níveis recomendados já a partir do mês de agosto. De acordo com dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) e da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), o calor excessivo deve se intensificar especialmente nas regiões centro-norte, sudeste e sudoeste do estado, com temperaturas que podem ultrapassar os 38 °C em setembro. Na região norte, os termômetros poderão marcar até 2 °C acima da média. No extremo sul, já há registros de temperaturas 1,5 °C acima do normal desde julho.
Além dos impactos na saúde da população e no setor agropecuário, o tempo quente e seco também eleva significativamente o risco de incêndios. Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, a combinação entre altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes torna o ambiente altamente inflamável.
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