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Piauí tem o segundo menor número de favelas do Nordeste, aponta IBGE

O estado registra 173 comunidades urbanas, sendo 98% localizadas em Teresina; presidente da CUFA questiona dados e defende levantamento mais amplo.

05/12/2025 às 18h03

O Piauí possui o segundo menor número de favelas do Nordeste, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE. O estado conta com 173 favelas e comunidades urbanas, representando 1,40% do total de 12.348 registradas em todo o país.

Cerca de 98% das favelas do Piauí estão localizadas em Teresina.  - (Arquivo O Dia) Arquivo O Dia
Cerca de 98% das favelas do Piauí estão localizadas em Teresina.

O Piauí fica à frente apenas do Rio Grande do Norte, que possui 101 favelas (0,82%), ocupando assim a 16ª posição nacional entre os estados com o maior número de comunidades desse tipo. Somente Teresina concentra 98,26% das favelas do estado. Além da capital, o Censo registrou duas favelas em Picos e uma em Parnaíba, a segunda maior cidade piauiense.

Ainda segundo o levantamento, 199.044 piauienses vivem em favelas ou comunidades urbanas, o equivalente a 1,21% da população do estado, que é de 3,2 milhões de habitantes. O Piauí ocupa a 6ª posição no Nordeste e a 14ª no Brasil em número de moradores vivendo nessas condições. Em todo o país, 656 municípios registraram favelas, e Teresina aparece em 11º lugar entre as cidades com o maior número de comunidades urbanas.

O presidente da Central Única das Favelas no Piauí (CUFA), Valciãn Calixto, questionou os números e atribuiu a redução dos registros à diminuição de recursos do IBGE durante o governo Bolsonaro, o que teria comprometido a precisão do levantamento.

“No Brasil inteiro esse censo ficou um pouco comprometido, tanto é que os dados relacionados ao Piauí só vão apontar três municípios com registro de favelas, que são Teresina, Picos e Parnaíba. Sendo que a maior parte é em Teresina, que tem em torno de 95%, e ainda assim a gente percebe que há inúmeros municípios com registro de favelas e comunidades, extraoficialmente falando”, disse.

Valciãn destacou que a CUFA atua em diversas comunidades pelo estado e defendeu a realização de uma pesquisa mais abrangente e rigorosa para identificar a real dimensão das favelas no Piauí.

“Independente do que o IBGE considera, a gente sabe que existem favelas e comunidades urbanas no estado todo, para além do censo. A gente realiza ações de norte a sul. De 2022 para cá, por exemplo, já realizamos ações de Cajueiro da Praia a Cristalândia, de um extremo ao outro do estado”, finalizou.


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