O ministro das Comunicações, Frederico Siqueira, afirmou nesta sexta-feira (17), durante visita a Teresina, que o Piauí pode ser um dos próximos estados a receber Data Centers, estruturas essenciais para armazenamento e processamento de dados digitais. Segundo o ministro, o governador Rafael Fonteles (PT) está empenhado em criar condições jurídicas e logísticas para atrair os investimentos, em um momento em que o estado avança na transformação digital.
Frederico Siqueira destacou que o Piauí reúne vantagens estratégicas para o setor, como a ampla oferta de energia renovável e a expansão da infraestrutura de comunicação, fatores que tornam o estado competitivo para abrigar Data Centers.
“O governador está muito empenhado em atrair esse investimento, já preparou a questão jurídica e regulatória para o estado através de ZPEs. O estado do Piauí tem muita energia renovável à disposição, também está fazendo investimentos na área de infraestrutura de comunicações para ter redundância de dados para permitir que equipamentos como esse aconteçam”, disse o ministro.
A declaração ocorreu um dia após o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, defender que os centros de dados sejam espalhados pelo país, para evitar riscos de colapso em casos de desastres naturais ou apagões. Ele ressaltou que a descentralização pode fortalecer a soberania digital brasileira e aumentar a conectividade.
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Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma Medida Provisória criando o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata), que visa atrair empresas de computação em nuvem e inteligência artificial. A medida busca consolidar o Brasil como um polo tecnológico da América Latina.
Atualmente, o país possui 180 Data Centers, mas nenhum deles é de empresas que operam com inteligência artificial. Quatro grandes companhias, porém, já estudam implantações no Brasil, o que pode elevar o consumo de energia dessas estruturas a níveis equivalentes ao de 16,4 milhões de residências.
Apesar do potencial econômico, ambientalistas alertam para o alto consumo de água dos Data Centers. Um estudo da Universidade da Califórnia, em Riverside, apontou que apenas 50 perguntas feitas ao ChatGPT podem demandar meio litro de água, utilizada no processo de refrigeração dos servidores.
Considerados o “cérebro da internet”, os Data Centers abrigam equipamentos que armazenam e processam dados de sites, redes sociais, bancos e plataformas digitais, exigindo sistemas avançados de segurança, energia e climatização. A chegada dessas estruturas ao Piauí poderia consolidar o estado como novo polo tecnológico do Nordeste.
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