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Envenenamento em Parnaíba: Lucélia Maria é declarada inocente pela Justiça, diz defesa

Advogado Sammai Cavalcanti afirmou, por meio das redes sociais, a conclusão do processo favorável para a cliente; defesa fará agora o trabalho de busca pelas reparações à Lucélia Maria.

15/10/2025 às 07h41

Nesta terça-feira (14), a Justiça declarou inocente Lucélia Maria, que havia sido acusada de envolvimento nos envenenamentos ocorridos em Parnaíba e chegou a ser presa e ter a casa destruída, nolitoral do Piauí. A informação foi confirmada pelo advogado Sammai Cavalcanti, que divulgou a decisão nas redes sociais e celebrou o resultado favorável à cliente.

Envenenamento em Parnaíba: Lucélia Maria é declarada inocente pela Justiça, diz defesa - (Divulgação) Divulgação
Envenenamento em Parnaíba: Lucélia Maria é declarada inocente pela Justiça, diz defesa

“Finalmente foi publicada a decisão oficial do caso Lucélia, o caso dos envenenamentos dos cajus no litoral do Estado e outro resultado nós não esperaríamos! Declaração de inocência exarada pelo juízo da Primeira Vara Criminal da comarca, veio dar essa notícia com alívio, com satisfação, com um sentimento de dever cumprido. Acompanhei todo o sofrimento da Lucélia, todo o sofrimento da família, fomos combativos no processo e hoje é um dia que todo o trabalho mostra o resultado”, afirmou o advogado.

Cavalcanti ressaltou o início de uma nova fase para o trabalho de defesa da cliente.

Lucélia é declarada inocente pelo Estado Judiciário no Piauí. Iniciaremos um novo capítulo na vida dessa mulher que tanto sofreu e vamos em busca das reparações, não por sensacionalismo, mas por merecimento

Sammai CavalcantiAdvogado de Lucélia Maria
Lucelia Maria chegou a ficar presa por cinco meses por conta das investigações. - (Reprodução) Reprodução
Lucelia Maria chegou a ficar presa por cinco meses por conta das investigações.

Lucélia Maria foi presa em agosto de 2024, acusada de envenenar duas crianças em Parnaíba. Desde o início, ela negava qualquer envolvimento, mas apenas em janeiro de 2025 a polícia confirmou que os cajus doados por ela aos meninos João Miguel e Ulisses não estavam envenenados. O caso tomou nova direção quando, no início deste ano, outras nove pessoas da mesma família foram envenenadas. Todas eram parentes dos meninos João Miguel e Ulisses, que morreram em Teresina após ingerirem terbufós, substância tóxica conhecida como chumbinho.

No início das investigações, a principal suspeita era de que o veneno estivesse nos cajus oferecidos por Lucélia. A presença de veneno de rato em sua residência levou à decretação da prisão preventiva. No entanto, com a divulgação do laudo pericial que comprovou a ausência de contaminação nas frutas, o rumo do inquérito mudou.

As investigações passaram a apontar Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças, como o verdadeiro autor dos crimes. Segundo a Polícia Civil, Francisco teria planejado e executado os envenenamentos com a ajuda de Maria dos Aflitos Silva, mãe e avó das vítimas. Ainda conforme a polícia, os crimes foram premeditados. Outra vítima, Maria Jocilene, morreu após tomar um café envenenado na casa da família. As apurações também revelaram que ela mantinha um relacionamento extraconjugal com Maria dos Aflitos.

Indenização pode chegar a mais de R$ 1 milhão

O advogado explicou ao Portal O Dia que o valor de R$ 300 mil refere-se apenas ao dano material, que possui uma base de cálculo. Segundo ele, o processo ainda não foi distribuído ao Judiciário e, quando somados os outros danos, o valor pode chegar à casa do milhão. “Essa relação entre o cálculo a ser cobrado na ação indenizatória começa aí em R$ 300 mil, podendo chegar à casa do milhão. Então, temos uma base inicial, que é o dano material. O material obtido tem que ser de R$ 300 mil, e, somado ao dano moral, com certeza, quando essa ação for ingressada no Poder Judiciário do Estado do Piauí, o valor será muito diferente desse de R$ 300 mil”, disse o advogado.

Sammai Cavalcante, advogado de defesa de Lucélia Maria - (Reprodução) Reprodução
Sammai Cavalcante, advogado de defesa de Lucélia Maria

Os populares que incendiaram a residência de Lucélia Maria da Conceição Silva serão responsabilizados pelo crime. Sammai Cavalcanti confirmou a informação ao Portal O Dia. Lucélia prestou depoimento à polícia na condição de vítima do ocorrido. Ela teve todos os seus bens destruídos pouco depois de ter sido presa sob suspeita de dar cajus envenenados aos meninos Ulisses e João Miguel. “Quem incendiou será responsabilizado. Com certeza, entraremos com ações de indenização, mas somente após a Lucélia ser declarada inocente por meio de uma sentença de absolvição expedida pela 1ª Vara Criminal, onde tramita o processo”, afirmou Sammai.


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